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HILÁRIO: Candidatos a vereador em Aracaju roubam a cena durante horário político.


Candidatos que disputam uma vaga a vereador em Aracaju (SE) estão recorrendo a fantasias de super-heróis e até de terrorista no horário eleitoral para tentar chamar a atenção e conquistar votos. São 428 postulantes as 24 vagas na Câmara Municipal.

Dener Batman (PMDB), que se veste como o personagem dos quadrinhos e dos filmes, usa na TV o slogan: “Vote em Batman, pois esse sim não vai fazer nada, nada, nada contra o povo. Só a favor”.

Fiel escudeiro de Batman na ficção, Robin também tem um candidato homônimo em Aracaju – só que nas urnas Batman e Robin serão rivais. Durante o horário eleitoral, Robin (PSDB), também fantasiado, faz um apelo: “Bote um super-herói na Câmara Municipal de Aracaju”.

Outro candidato a vereador na capital recorre à fantasia do herói do seriado de TV mexicano Chapolin. O candidato do PSL usa o mesmo bordão durante a propaganda gratuita: “Calma, calma, não criemos pânico. Chapolin é o homem que poderá te defender”.

Já Bin Laden (PSDB) usa na urna o nome do terrorista da Al-Qaeda, mentor dos ataques às torres do World Trade Center em 2001 e morto em uma ação militar dos EUA no Paquistão no ano passado. Sem fazer qualquer menção a atentados, ele promete lutar contra o trabalho infantil e a corrupção.

Pegando carona no sucesso de Tiririca (PR-SP), deputado federal mais votado em 2010 com 1,3 milhão de votos, o Tiririca de Aracaju (PRB) pede voto fazendo piada: “Gente. Gente. Você é você e eu sou. Se você votar em mim, eu vou me eleger, se não votar, eu vou morrer”.

Além do cover de Tiririca, Aracaju tem outro palhaço na disputa. O Palhaço Soneca (PP) tenta ganhar o voto com o bordão: “Eles sempre fizeram você de palhaço, agora é a sua vez de colocar um palhaço na Câmara”.

O candidato Paulinho da União Tur (PRTB) concorre repetindo um gesto da campanha a senador, da qual saiu derrotado em 2010. Com o slogan ‘A viradinha de Aracaju’, ele não fala nada durante o tempo a que tem direito: apenas dá uma "viradinha", com uma voz ao fundo pedindo votos.

Outro candidato que também aparece no horário eleitoral sem dizer uma palavra é Roberto Figueiredo (PMN). Ele mostra um cartaz com a frase: “Adianta falar, prometer e não cumprir?”.

Entenda a eleição para vereador
Votar para vereador significa escolher o próprio candidato ou votar na legenda. No final da eleição, todos esses votos serão somados para o partido. Se mais de um partido se une, formando uma coligação, esta também concentra os votos válidos, como se fosse um partido só. O que define quais partidos ou coligações tem direito de ocupar as vagas em disputa é o quociente eleitoral.

Esse número é obtido pela divisão do total de votos válidos apurados pelo número de vagas a serem preenchidas. Se o número não for inteiro, fica desprezada a fração igual ou menor do que meio. Se for superior, é equivalente a mais um.

Em seguida, é feito o cálculo do quociente partidário. Os votos válidos recebidos pelos partidos da coligação (nominais ou de legenda) são divididos pelo quociente eleitoral, resultando no número de cadeiras que a coligação pode ocupar. Os melhores colocados de cada partido ou coligação preenchem as vagas.

Por isso existe a figura do "puxador de votos", aquele que consegue acumular uma quantidade de votos tão grande que leva para cima o quociente eleitoral e acaba garantindo – além da dele – mais vagas para a coligação, nas quais entram candidatos que tiveram poucos votos.

Os "puxadores" normalmente são celebridades ou personalidades muito conhecidas, que os partidos e coligações lançam como candidatos na eleição proporcional para alavancar a votação e aumentar o quociente eleitoral.

G1 

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