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Volume de água em Boqueirão cai 42 milhões de metros cúbicos.

Açude boqueirão - Campina Grande PB
O açude abastece dez cidades da região Agreste do Estado, incluindo Campina Grande. Volume atual no reservatório é de mais de 97 milhões de metros cúbicos.

O volume de água do açude Boqueirão reduziu em 42 milhões de metros cúbicos nos últimos 10 meses. O manancial abastece dez cidades da região Agreste do Estado, incluindo Campina Grande. Em fevereiro último, o volume de água no reservatório era de 139,5 milhões de metros cúbicos. Na sexta-feira (19), os registros da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) indicavam a presença de mais de 97 milhões de metros cúbicos.

Apesar dessa redução, a Agência Nacional de Águas (ANA) apontou que o sistema operacional do açude está em pleno funcionamento, e que a manutenção da barragem está ocorrendo de acordo com a necessidade de averiguação nos equipamentos hidromecânicos. Segundo o coordenador do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) em Boqueirão, Fernando Martins, a distribuição do fornecimento da água está sendo respeitada segundo as orientações do plano de segurança hídrica que passou a vigorar em Campina Grande e demais cidades abastecidas pela barragem no começo de dezembro.

Com o seu volume monitorado pela Aesa, a previsão é de que os atuais 97.004.967 milhões de metros cúbicos sejam suficientes para manter o abastecimento de água até o final de 2015. Por outro lado, segundo Alexandre Magno, diretor da Agência, as previsões de chuva são otimistas para o primeiro trimestre de 2015, quando são esperadas chuvas que possam, além de oferecer uma nova perspectiva para os agricultores, ainda possibilitar uma recarga considerável no açude Epitácio Pessoa.

“As previsões para o início do período chuvoso são de precipitações irregulares que têm uma capacidade muito grande de surpreender positivamente. Em 1999 o açude atingiu apenas 14% de sua capacidade, e no ano seguinte ele recebeu tanta água que sangrou ainda no primeiro semestre de 2000. Isso não quer dizer que vá se repetir, mas as previsões são bastante otimistas”, explicou Alexandre Magno.

Racionamento compromete abastecimento nos bairros
Enquanto existe a expectativa da recarga do açude no ano que vem, a realidade das cidades que iniciam mais um fim de semana de racionamento é bastante diferente. Na rua Apolônia Amorim, bairro do Alto Branco, em Campina Grande, os moradores reclamam que falta água durante praticamente seis dias na semana e apenas na terça ou quarta-feira, por algumas horas, o abastecimento é normalizado. O problema começou a acontecer no local, ainda no ano passado e se agravou com o início do racionamento. Algumas ruas próximas e localizadas no mesmo bairro não apresentam a mesma situação no abastecimento, o que revolta ainda mais os habitantes do logradouro.

De acordo com o gerente regional da Cagepa, Simão Barbosa, a rua Apolônia Amorim é considerada o ponto mais desfavorável do sistema de abastecimento de Campina Grande por causa da localização geográfica do local. O problema não é exclusividade do Alto Branco, mas acontece também em outras áreas do município, porque em pontos mais elevados, a água falta primeiro e chega por último. No caso de algumas ruas localizadas na zona norte da cidade, para que o abastecimento seja regularizado, o reservatório R4, do bairro da Palmeira, precisa funcionar no nível máximo.

“A questão hidráulica, que envolve o caminho que a água percorre até chegar à casa das pessoas, não é tão simples. Frequentemente temos problemas com vazamentos e precisamos interromper por alguns momentos a distribuição. Existe também as limitações de pressão e toda a logística, levando em consideração a topografia da cidade. O grande problema é que o consumo, mesmo com o racionamento, está muito grande. As pessoas precisam se conscientizar que não é recomendável estocar grandes quantidades de água e depois desperdiçá-la”, esclareceu Simão Barbosa



JPOnline

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