PGR pede abertura de inquérito no STF contra oito senadores; paraibano na lista.
BRASÍLIA
- Os nomes dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR),
Humberto Costa (PT-PE), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA) e
Fernando Collor (PTB-AL) estão na lista de pedidos de abertura de inquérito no
Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhada na noite de terça-feira pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como confirmou ao GLOBO uma fonte
com acesso ao trabalho da PGR. Parte deles já vem dando explicações nos últimos
dias sobre a possibilidade de estar na lista, inclusive com a contratação de
advogados.
Renan
diz que Janot está em processo de reeleição e defende novas regras para
recondução de procurador-geral
A
lista de senadores na ativa incluiria ainda Ciro Nogueira (PP-PI), que já
afirmou que renuncia ao mandato caso se comprove o recebimento de propina a
partir dos desvios da Petrobras. O senador disse também que já irá contratar
advogado para fazer a sua defesa. O presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), também foi avisado de que está na lista, junto com o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com Renan, o número de senadores incluídos no
pedido de abertura de inquéritos no STF totaliza oito, ou seja, 10% dos 81
parlamentares que constituem o Senado Federal.
Na
expectativa de confirmar se está ou não na lista dos que serão investigados
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Lindbergh Farias defendeu a necessidade de
separar o que é fruto de corrupção e o que foi doação legal de campanha.
—
Continuo na expectativa de não ter meu nome nessa lista. Uma coisa é corrupção
e quem fez isso tem de pagar. Outra coisa é doação legal. É preciso separar o
joio do trigo — afirmou o senador ao GLOBO.
Apesar
de o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), negar qualquer
possibilidade de envolvimento com os desvios de dinheiro da Petrobras, a
Procuradoria Geral da República (PGR) já decidiu que vai pedir abertura de
inquéritos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra ele. O entendimento é
de que há elementos suficientes para os pedidos das investigações – os
procuradores envolvidos descartam solicitar o arquivamento das citações. A
avaliação dos procuradores é a mesma envolvendo o caso do governador do Acre,
Tião Viana (PT).
A
exemplo do que foi feito em relação aos políticos com foro junto ao Supremo
Tribunal Federal (STF), a PGR não vai oferecer uma denúncia direta contra os
dois. O instrumento será o mesmo usado para as 54 pessoas listadas nas 28
solicitações ao STF: o pedido de abertura de inquérito.
O
Globo
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