Professores da UFCG tomam decisão em relação à possibilidade de greve.
Os professores da UFCG decidiram nesta
segunda feira de manhã (25/05) não aderir a greve nacional por tempo
indeterminado da categoria, a partir do dia 28/05. A decisão foi tomada numa
assembleia simultânea, realizada nos campi de Campina Grande, Sumé, Cuité e
Pombal, sendo 178 contrários a adesão, 174 favoráveis e quatro abstenções.
A categoria deliberou que no dia
29/05 participará da Paralisação Nacional convocada pelas Centrais Sindicais
contra o PL das terceirizações, a rejeição do projeto, as MPs 664 e 665, o
ajuste fiscal.
Os professores também decidiram que
enviarão um observador para participar do Comando Nacional da Greve e que
reforçarão nos próximos dias as atividades de mobilização. Hoje (26), a partir
das 14h, no Auditório da ADUFCG, acontecerá mais uma reunião da Comissão de
Mobilização que reúne professores, técnicos-administrativos, estudantes e
funcionários terceirizados da UFCG. Uma nova assembleia da ADUFCG será
convocada depois de uma indicação do Comando Nacional de Greve.
No Campus de Cuité foram registrados
38 votos a favor da greve e 14 votos contra e uma abstenção. Em Sumé, foram
seis votos favoráveis, cinco contra e duas abstenções. Em Pombal foram 26 votos
a favor e nove contra. Em Campina Grande foram computados 150 contra a greve e
104 a favor e uma abstenção.
A assembleia foi uma das mais
participativas realizadas pela diretoria da ADUFCG nos últimos meses e o seu
resultado final demonstrou o grau de mobilização da categoria e sua
insatisfação com a postura de descaso do Governo Federal em relação as suas
reivindicações, já que nas últimas reuniões realizadas com representantes do
ANDES-SN, nenhuma contraproposta a pauta protocolada pelo Sindicato em
fevereiro foi apresentada e até o acordo firmado em 2014 sobre os conceitos da
carreira docente foi desconsiderado.
Mesmo não aderindo à greve, nesse
momento, a categoria decidiu que participará da Paralisação Nacional convocada
por várias centrais sindicais contra o PL das terceirizações, a rejeição do
projeto, as MPs 664 e 665, o ajuste fiscal. Uma reunião da Comissão de Mobilização
prevista para acontecer amanhã definirá a programação da atividade na
universidade.
Reivindicações
Além do reajuste linear de 27,3%
para todas as categorias do serviço público federal, os docentes das
universidades federais também reivindicam, a data base no dia 1º de maio,
implantação de uma política salarial permanente com correção das distorções e
reposição das perdas salariais, paridade entre ativos e aposentados, direito de
negociação coletiva, retirada das Medidas Provisórias 664 e 665 do Congresso
Os professores federais também lutam
em defesa do caráter público de educação e a garantia da função social das IFE
em prol da classe trabalhadora; reestruturação da carreira para o magistério
federal, condições de trabalho, garantia de autonomia, valorização salarial
para ativos e aposentados, e a luta contra a reforma da previdência – com a
revogação das medidas provisórias 664 e 665.
Ascom
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