Paraibano que pesa quase 500 quilos consegue tratamento em hospital.
Carlos
Antônio dos Santos Freitas, de 28 anos, é bastante conhecido na cidade de
Patos, na Paraíba. Principalmente por sua comovente história de vida - nascido
em uma família pobre do interior do estado, “Carlinhos”, como é conhecido por
todos, possui uma série de distúrbios mentais e é portador de obesidade
mórbida. Segundo a mãe, a dona de casa Cacilda Patrocínio dos Santos, o filho
pesa, atualmente, 475 quilos.
Por
conta do peso, o homem não consegue mais andar, e só consegue dormir sentado,
encostado na parede de sua casa, localizada em um conjunto habitacional do
bairro Monte Castelo, em Patos.
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Ele passa o dia todo sentado no meio da casa. A vida dele consiste em jogar
videogame e assistir à televisão. À noite, ele se arrasta até a parede para
dormir. É muito difícil para mim, minha vida é muito sofrida. Sofro de pressão
alta, e a situação do Carlinhos só piora o meu quadro - desabafa Cacilda, de 52
anos.
O
maior desafio para a família é conseguir tratar a obesidade do filho. Cacilda
conta que, mesmo com um cronograma de refeições, o filho come além da conta.
Ele chegou a ser internado em um hospital de João Pessoa, aos 23 anos, com o
objetivo de perder peso para conseguir realizar a cirurgia bariátrica. Porém,
segundo ela, o filho não reagiu bem à internação, pois “não conseguia ficar
parado” e “não aceitava os medicamentos”.
Ao
longo deste ano, Carlos já foi internado diversas vezes no Hospital Regional de
Patos. No início de maio, segundo a mãe, o filho apresentou problemas
respiratórios e teve que ficar quase 30 dias internado. Em junho, voltou ao
hospital com suspeita de infarto. Porém, dessa vez, Cacilda diz que a diretora
da unidade só o deixou ficar em observação por um dia.
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A diretora do hospital não deixa mais ele ser internado na unidade. Ela me
disse para levar ele para casa, que o lugar dele é lá - conta a mãe, que
afirmou que Carlinhos recebe acompanhamento em casa de um psicólogo e de um nutricionista,
mas que, mesmo assim, não consegue perder peso.
Para
tentar salvar o filho, Cacilda divulgou um vídeo em redes sociais que mostra as
dificuldades enfrentadas por Carlos no dia a dia. Com isso, a mulher esperava
conseguir ajuda para o tratamento do filho. A repercussão foi positiva, e o
filho conseguiu uma vaga no Hospital das Clínicas de Recife, em Pernambuco,
onde deve ser internado ainda esta semana. Segundo ela, o objetivo é que Carlos
perca peso para, finalmente, conseguir realizar a cirurgia bariátrica.
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Queria ver meu filho andando, sendo feliz, levando uma vida normal. Entreguei
nas mãos de Deus. Espero que o tratamento dê resultados - conta a dona de casa,
que ficará no hospital com Carlinhos durante o processo.
O
EXTRA entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Regional de
Patos, mas, até agora, não obteve retorno.
DRAMA
O
drama de Carlinhos começou quando tinha nove meses de idade, após passar uma
noite inteira desmaiado. A família, muito pobre, não sabia o que poderia ter
causado o problema, e tiveram que viajar por mais de três horas para chegar até
o hospital mais próximo, localizado em uma cidade vizinha de Patos. Na época,
moravam no município de São João do Sabugi, no Rio Grande do Norte.
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Quando o médico viu o estado do meu filho, disse que não tinha mais jeito, que
o problema era muito sério e que ele iria morrer. Levamos, então, o Carlos para
uma clínica particular de Patos, graças a uma prima que tinha plano de saúde.
Se não tivéssemos internado ele lá, não estaria vivo - relembra Cacilda.
Após
cinco dias internado, o menino recebeu alta e voltou para casa. A mãe achou que
o filho não fosse apresentar sequelas, mas começou a suspeitar de que algo
estava errado quando completou dois anos e o menino não sabia andar ou falar.
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Pensei que ele estivesse demorando a andar porque era gordinho, achei que fosse
normal. Porém, foi só quando fez cinco anos que percebi que não era uma criança
normal. Não ficava quieto, tinha que segurá-lo o tempo todo porque fugia de
mim. A escola falou que não dava mais para ele continuar estudando lá - lembra.
Aos
12 anos, Carlinhos começou a tomar remédios controlados e a estudar em uma
escola especial de Patos, que ele frequentou até os quinze anos.
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Ele amava a escola, pelos colegas, pelas professoras. Mas não conseguia se
comportar, não deixava os outros quietos, era um problema sério. Fui chamada
diversas vezes até a escola. Acabei tirando ele de lá, pois, além de não estar
aprendendo nada, não deixava os outros aprenderem. Foi difícil para mim, pois
tinha que trabalhar para sustentar ele e mais dois irmãos - conta a mãe,
destacando que o filho nunca reagiu bem aos tratamentos e que nunca mais
estudou.
Com
o tempo, o peso do jovem só aumentava. A mãe atribuía o sobrepeso à genética,
pois as avós também sofriam com o excesso de peso. O filho também começou a
apresentar um comportamento agressivo e rebelde, chegando a fugir de casa
algumas vezes na época em que ainda conseguia andar para pedir dinheiro na rua.
Há
dois meses, Cacilda, o marido, Carlinhos e seu irmão mais velho se mudaram para
uma casa em um conjunto habitacional em Patos. Segundo a mulher, a casa é bem
pequena, e o filho só conseguiu passar pela porta depois de muito esforço.
Nesta terça-feira, a prefeita da cidade, Francisca Motta, foi até a residência
e prometeu que iria construir um quarto adaptado para Carlinhos, com banheiro.
Afinal, nem tomar banho adequadamente ele consegue por conta do sobrepeso.
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É uma batalha cuidar dele em casa. Com a nova casa, ficou mais fácil de dar
banho nele. Mas, mesmo com todas as dificuldades, ele nunca reclama da vida.
Diz que é feliz, que tem Deus na vida dele. Tem horas que ele grita e chora
porque está com dor nas pernas, mas sempre se acalma. É muito querido por
todos, gosta de conversar, apesar de pensar como uma criança - diz Cacilda.
EXTRA
Fiquei muito feliz em saber disso! Estou torcendo e orando por você!! Abraços Carlinhos
ResponderExcluirFiquei muito feliz em saber disso! Estou torcendo e orando por você!! Abraços Carlinhos
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