Polícia investiga tiros disparados de carro de promotor em travesti na PB.
A
Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso de uma travesti, de 17
anos, que foi baleada no sábado (10), na praia do Cabo Branco, em João Pessoa.
Segundo informações registradas no Boletim de Ocorrência (BO), a adolescente
foi baleada duas vezes durante uma confusão quando, conforme a própria vítima
relatou à polícia, foi cobrar o pagamento de um programa.
Ainda
de acordo com a polícia, a travesti ficou ferida após ser atingida por dois
tiros disparados de dentro de um carro que pertence ao promotor de justiça
Aluísio Cavalcanti Bezerra. No entanto, o promotor afirma que o carro envolvido
na ocorrência pertence a ele, mas quem usava no momento da confusão era um
motorista.
De
acordo com Aluísio Cavalcanti, ele estava em casa na hora em que foram
registrados os disparos. Ele havia pedido ao motorista para comprar frutas.
Segundo o promotor, no momento em que o motorista retornou ao carro, ele
percebeu que um dos vidros estava quebrado, pegou a arma debaixo do tapete do
veículo e atirou na travesti, suspeita de tentar arrombar o veículo.
A
travesti afirma, no seu relato à Polícia Civil, que quebrou o vidro do carro,
mas que isso aconteceu após iniciar a confusão com a pessoa que conduzia o
carro devido à cobrança de um programa. O promotor Aluísio Cavalcanti Bezerra
informou também que vai registrar um BO com a sua versão do ocorrido.
A
adolescente baleada foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma
ainda no sábado e, de acordo com a unidade médica, recebeu alta após tratar dos
ferimentos. Os dois tiros atingiram os pés da travesti, deixando ferimentos
leves. O caso também vai ser investigado pela Procuradoria-Geral de Justiça da
Paraíba, segundo informou o procurador Bertrand Asfora nesta segunda-feira
(12).
Bertrand
Asfora explicou que vai solicitar à Secretaria de Segurança Pública da Paraíba
o boletim de ocorrência para descobrir as circunstâncias da ocorrência. Ainda
de acordo com o procurador-geral de justiça, o caro vai ser repassado o caso
para a Corregedoria do Ministério Público da Paraíba, para que as medidas
cabíveis sejam tomadas.
G1
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