8 de 65 membros de comissão que analisa impeachment são réus no STF
Oito
dos 65 membros eleitos para compor a comissão especial que analisará o pedido
de impeachment da presidente Dilma Rousseff são réus em ações penais no Supremo
Tribunal Federal (STF). A comissão foi eleita nesta quinta-feira (17) por 433
votos a favor e apenas 1 contrário, do deputado José Airton Cirilo (PT-CE).
Segundo
levantamento feito pelo G1, quatro deputados respondem a processos por crimes
eleitorais: Paulo Maluf (PP-SP), Paulo Magalhães (PSD-BA), Benito Gama (PTB-BA)
e Édio Lopes (PR-RR).
Washington
Reis (PMDB-RJ) responde a ação penal por crime contra o meio ambiente; Nilson
Leitão (PSDB-MT), por apropriação ou desvio de bens ou rendas públicas;
Weverton Rocha (PDT-MA) pela lei de licitações e Júnior Marreca (PEN-MA) por
crime de responsabilidade.
Os
processos estão em andamento e ainda não houve julgamento.
A
criação da comissão ocorreu um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF)
rejeitar, por maioria, embargos apresentados por Cunha contra o julgamento do
tribunal sobre rito de impeachment.
A
sessão que oficializou as indicações dos líderes partidários foi marcada por
bate-bocas no plenário e empurra-empurra entre deputados da base governista e
da oposição.
Pela
proporcionalidade das bancadas, PT e PMDB serão os dois partidos com mais
integrantes na comissão, 8 cada. O PSDB terá 6 representantes.
A
presidente Dilma Rousseff foi notificada sobre a abertura do processo. Assim,
começou a contar o prazo de dez sessões para que ela apresente sua defesa.
Após
ser votado na comissão, o parecer sobre o pedido de impeachment seguirá para
análise do plenário da Câmara, que irá decidir se instaura ou não o processo.
Para
a instauração do impeachment é preciso o voto de 342 deputados. O Senado pode
invalidar essa decisão da Câmara. Se avalizar, a presidente da República é
afastada por 180 dias, enquanto durar a análise do mérito das acusações
contidas no pedido de impeachment.
G1
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