Educação para por três dias e quase 400 mil ficam sem aulas.
Mais
de 370 mil alunos da rede pública de ensino da Paraíba deverão ficar sem aulas
durante três dias. Segundo representantes
sindicais dos servidores da educação no
Estado, a categoria aderiu à Paralisação Nacional da Educação convocada pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A paralisação
começa hoje e será encerrada na próxima
quinta-feira.
Entre
os principais eixos de reivindicação da Paralisação Nacional está o cumprimento
da lei do piso, o combate à terceirização, o posicionamento contrário à entrega
das escolas às Organizações Sociais (Oss); o não parcelamento de salários; o
enfrentamento à militarização de escolas públicas e a oposição a proposta de
reorganização das escolas, segundo a CNTE.
Conforme
o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em
Educação do Estado da Paraíba (Sintep), Edvaldo Faustino, as reivindicações
nacionais se enquadram à realidade dos problemas pelos quais o sindicato
estadual vem lutando.
Faustino disse ainda que o Sintep acrescenta à pauta
nacional a luta pela rejeição à medida provisória (MP) 242 do governo do
Estado, que congela salários e progressões de todos os servidores públicos
estaduais. A MP 242 está prevista para ser votada hoje na Assembleia
Legislativa, em João Pessoa.
Cerca
de 300 mil alunos ficarão sem aulas no Estado. Na próxima quinta-feira
representantes do Sintep se reunirão em assembleia geral para discutir a
possibilidade de deflagar uma greve
geral dos servidores da educação do Estado. A assembleia está agendada para acontecer às
16h na sede do sindicato, em João Pessoa.
O
JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação para
comentar o assunto, mas até o fechamento da edição não obteve nenhuma resposta.
EM
JP E CG
Na
rede municipal de ensino de João Pessoa a paralisação vai durar quatro dias,
deixando aproximadamente 53 mil alunos longe das salas de aulas. Isso porque
além de incorporar-se à Paralisação Nacional, o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação do Município de João Pessoa (Sintem) decidiu realizar uma assembleia
na próxima sexta-feira, também na sede do Sintep, para analisar os resultados
da audiência agendada para acontecer hoje com o prefeito Luciano Cartaxo. “No
caso específico de João Pessoa nós estamos pedindo um reajuste salarial de
11,32%”, frisou o presidente do Sintem-JP, Daniel de Assis.
Em
Campina Grande são cerca de 35 mil alunos que ficarão sem aulas durante os três
dias da paralisação nacional. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos
Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), está previsto para acontecer hoje
um ato público a partir das 9h, em frente à Secretaria Municipal de
Administração.
“Iremos
nos mobilizar e chamar a atenção da população para a pauta da educação no
país”, frisou o presidente do Sintab, Nazito Pereira. Ainda conforme Nazito, em
relação à greve dos servidores municipais da educação que foi deflagrada em
fevereiro deste ano, não houve nenhum avanço.
Tanto
a Secretaria Municipal de Educação de João Pessoa quanto a de Campina Grande
informaram que não sabem precisar quantas unidades de ensino vão aderir à
Paralisação Nacional, mas alertaram que posteriormente as aulas que deixaram de
ser dadas ao longo dessa semana deverão ser repostas.
NA
UEPB
Cerca
de 22 mil alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) ficarão sem aulas
hoje em virtude da paralisação dos
professores da instituição.
Conforme informações da Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb), o
objetivo da paralisação é pressionar os
deputados estaduais a rejeitarem a medida provisória 242 do governo do Estado.
(Especial para o Jornal da Paraíba).
JPOnline
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