Governo lança campanha de mobilização para incentivar vacina contra HPV.
A
partir do dia 3 de abril, meninas de 9 a 13 anos devem procurar uma das 36 mil
salas de vacinação no país para receber a dose contra o HPV. A campanha
nacional de mobilização, coordenada pelo Ministério da Saúde, segue até 15 de
abril. A dose, entretanto, pode ser encontrada nos postos de saúde durante todo
o ano.
A
meta deste ano é vacinar pelo menos 80% das meninas de 9 anos de idade,
público-alvo da campanha, formado por um total de 1,7 milhão de garotas. A
imunização é feita em duas doses injetáveis – a primeira, de preferência, nos
meses de março ou abril e a segunda, seis meses após a primeira.
A
orientação da pasta é que meninas de 10 a 13 anos que ainda não receberam a
dose ou que não completaram o esquema vacinal também sejam imunizadas durante a
campanha de mobilização. A proteção, segundo o ministério, só é conferida se
todas as doses forem aplicadas.
Meninas
e mulheres com idade entre 9 e 26 anos com HIV ou aids também devem ser
vacinadas. Nesse caso, a imunicação ocorre em três doses, sendo a segunda
aplicada em dois meses e a terceira, seis meses depois. Dados do ministério
apontam que 59 mil mulheres de 15 a 26 anos estão nesta condição no país
atualmente.
Escolas
Ainda
de acordo com a pasta, meninas de 9 a 13 anos poderão ser vacinadas contra o
HPV em escolas públicas e particulares. Para isso, o ministério recomenda o
envolvimento das secretarias estaduais e municipais de educação na
operacionalização das ações.
O
ministério informou que foram gastos R$ 1,1 bilhão para a compra de 32 milhões
de doses contra o HPV nos últimos três anos. A vacina usada pelo governo
brasileiro é a quadrivalente e protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 –
principais responsáveis por casos de câncer de colo de útero e verrugas
anogenotais.
A
coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, lembrou
que o vírus é atualmente muito disseminado e transmitido pelo contato direto
com pele ou mucosas infectadas. A estimativa, segundo ela, é que o país
registre este ano 16 mil novos casos de câncer de colo de útero e cerca de 5,4
mil mortes provocadas pela doença em 2016.
"A
vacina é segura e recomenda pela Organização Mundial da Saúde. A dose já é
utilizada em mais de 100 países", disse, ao destacar que o câncer de colo
de útero representa a quarta causa de morte por câncer entre mulheres.
Agência
Brasil
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