MPPB quer que prefeituras garantam transporte para o tratamento de crianças com microcefalia.
Imagem da internet |
As
prefeituras de municípios localizados no interior do estado em que há casos de
crianças com microcefalia deverão garantir o transporte desses pacientes e de
seus familiares no deslocamento de suas cidades para o Hospital Municipal Pedro
I, em Campina Grande, o único estabelecimento da Paraíba tido como referência
no tratamento da microcefalia.
Para
que isso ocorra, a promotora de Justiça da Saúde de Campina Grande, Adriana
Amorim de Lacerda, já solicitou a relação dos municípios cujos casos de
microcefalia estão sendo acompanhados em Campina Grande para que, mediante esse
relatório, certificar os promotores de Justiça dessas localidades sobre a
situação, para que eles possam tomar as providências cabíveis junto ao poder
público.
O
problema da falta de transporte chegou ao conhecimento da promotora Adriana
Amorim por meio da médica Adriana Suely de Oliveira Melo, coordenadora do setor
do Hospital Municipal Pedro I que oferece acompanhamento às crianças nascidas
com microcefalia. “Ela recorreu ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) para
forçar os prefeitos dos municípios onde há registros de casos da doença a
oferecerem às famílias necessitadas transportes adequados e regulares para que
elas possam conduzir os recém-nascidos até o local do tratamento”, informa a
promotora de Justiça.
O
Hospital Pedro I em Campina Grande transformou-se em referência no tratamento
da microcefalia por conta do trabalho de pesquisa sobre a doença realizado pela
médica Adriana Melo, que atua no Instituto Municipal Elpídio de Almeida (Isea),
também em Campina Grande. Com suas descobertas, ela se tornou conhecida dentro
e fora do país. Nesta semana, por exemplo, a médica se encontra em Genebra, na
Suíça, participando de uma conferência a respeito da doença, a convite da
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Atualmente,
o Hospital Pedro I faz o acompanhamento de 30 casos de crianças com
microcefalias, oriundos de praticamente todas as regiões da Paraíba. De acordo
com o relato da médica Adriana Melo, a maioria das mães desses recém-nascidos
com microcefalia é carente e as prefeituras têm dificultado ou até negado o
transporte para que elas possam chegar a Campina Grande e retornarem aos seus
respectivos municípios após cada seção de tratamento. Há casos, segundo a
médica, em que as famílias, mesmo com dificuldades financeiras, são obrigadas a
colocar combustível nos carros oficiais das prefeituras para chegarem a Campina
Grande e voltarem às suas cidades.
ascom
Nenhum comentário