Deputado Buba denuncia ameaças de personal trainers nos corredores da ALPB.
O
deputado estadual Buba Germano (PSB) revelou, na noite desta terça-feira (26),
que foi ameaçado por personal trainers nos corredores da Assembleia Legislativa
da Paraíba. Um grupo desses profissionais teria tentado intimidar o deputado,
que é presidente da Comissão de Educação, para que ele mudasse seu voto contra
um projeto que permite o livre acesso às academias de ginástica na Paraíba.
Confira abaixo vídeo do Portal.
Buba
considera que o projeto, de autoria da deputada estadual Camila Toscano (PSDB),
é inconstitucional. O projeto já havia sido aprovado na Comissão de
Constituição e Justiça da ALPB e deve ser votado nos próximos dias na Comissão
de Educação, antes de seguir para apreciação e votação em plenário.
No
programa '27 Segundos', da RCTV (canal por assinatura do Sistema Correio), o
deputado Buba Germano disse que estudou a matéria antes de anunciar seu posicionamento
contrário. Ele mostrou uma convenção coletiva trabalhista, assinada por
proprietários de academias e os profissionais de Educação Física, que
regulamenta todas essas situações. "A Assembleia Legislativa não pode
querer legislar sobre matéria trabalhista. Não pode querer interferir na
relação de empresas privadas e seus trabalhadores", alegou.
Buba
fez sua comparação. "Seria a mesma coisa de ir para um restaurante e levar
o meu próprio cozinheiro. Ou ir para um consultório e levar o meu dentista
particular. Seria invadir uma propriedade da iniciativa privada. A Assembleia
não tem mais porque se meter nisso", disse.
Ele
disse que se sentiu ameaçado pelos personal trainers, mas que não vai se
intimidar. "Mantenho meu voto. Um deles chegou para mim e disse: 'O senhor
não nos representa'. E eu retruquei: 'Não represento mesmo, não. Represento
mais de 30 mil paraibanos que me confiaram seus votos", contou.
Buba
Germano disse que também fez um estudo em outros estados e projetos idênticos
foram arquivados nas Assembleias Legislativas, por inconstitucionalidade. Ele
citou como o exemplo o estado do Rio de Janeiro.
Ele
revelou que o deputado estadual Anísio Maia (PT), voto divergente na Comissão
de Educação, solicitou uma audiência pública para tratar da polêmica. Buba
ressalta que Anísio ainda não tinha conhecimento dessa convenção trabalhista da
categoria.
Correio
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