Frente Brasil Popular prepara mobilização contra impeachment no Dia do Trabalho.
Representantes
da Frente Brasil Popular preparam uma mobilização nacional contra o impeachment
da presidenta Dilma Rousseff para o 1º de maio, Dia do Trabalho, além de outras
ações. O grupo, que se reuniu nesta quarta feira (20) na capital paulista,
reafirmou que não reconhecerá um eventual governo do vice-presidente Michel
Temer.
O
coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP), Francisco Bonfim, disse
que é preciso ampliar as mobilizações de rua para pressionar o Senado Federal,
que após a votação na Câmara analisará o impeachment de Dilma. “Essa segunda
etapa de mobilização terá o 1º de maio como um grande dia de mobilização
nacional dos trabalhadores, do conjunto da sociedade, em defesa da democracia,
contra o golpe e por nenhum direito a menos, que é o que está por trás desse
golpe”, disse.
Integrantes
da frente também farão reuniões em Brasília, segundo João Paulo Rodrigues,
liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). “Na próxima
semana, queremos fazer reuniões importantes tanto com a presidenta Dilma, para
levar nossa solidariedade, mas acima de tudo [discutir] um programa mínimo que
ela deve defender para o próximo período, e também fazer uma reunião no Senado
Federal, com a bancada que é contra o golpe e ao mesmo tempo procurar os
senadores que ainda estão indecisos nos estados, no intuito de fortalecer a
posição da Frente Brasil Popular.”
A
presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), Beatriz
Cerqueira, disse que as centrais sindicais vão discutir a possibilidade de uma
greve geral com suas categorias. “A paralisação é necessária porque somos nós
que seremos golpeados, então não é possível que nós, trabalhadores, assistamos
parados e bestializados o que está acontecendo no nosso país.”
Segundo
Beatriz, “o envolvimento da base das categorias profissionais é essencial e o
trabalhador precisa resistir porque a ruptura democrática atinge principalmente
esse trabalhador, sua família, o povo”.
João
Paulo Rodrigues, do MST, destacou que a Frente Brasil Popular já decidiu que
não reconhecerá o governo de Michel Temer caso Dilma seja afastada. “Não
aceitamos e não reconhecemos o governo caso o Michel Temer venha a assumir. Não
reconhecemos porque não tem votos e não reconhecemos porque quem definiu pelo
impeachment no Congresso não tem autoridade moral para fazer um processo como
aquele”, disse.
Agência
Brasil
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