'Só pensava na minha casa', diz gerente dos correios vítima de sequestro na PB.
“Eu
só pensava na minha casa. Chegar na minha casa, descansar e só. Só pensava
nisso, pensava em Deus, na minha família”, contou o gerente da agência dos
Correios de Juarez Távora, que passou mais de 72 horas sob o poder de dois
suspeitos apos um assalto na agência. O funcionário contou como foi a ação dos
assaltantes durante o roubo e o que aconteceu durante o período em que foi
mantido refém dos suspeitos.
O
crime aconteceu na manhã da segunda-feira (28). Homens armados invadiram a
agência e, após renderem clientes e funcionários, tiraram o dinheiro do caixa.
“Desde que o assalto começou, eles já foram pedindo pra abrir o cofre. Só que o
cofre tá bloqueado. Eles ficaram nervosos e quando estavam saindo da agência,
se depararam com a polícia na frente. Foi quando eles ficaram nervosos e
resolveram sair com a gente como refém. Foi quando eles resolveram pegar a
viatura”, disse o gerente, que não quis se identificar. Além do gerente, o
vigilante também foi feito refém.
Ao
chegar na BR-230, a dupla interceptou outro veículo, com uma jovem que também
foi mantida refém. No local, os suspeitos abandonaram o carro da polícia e
libertaram o vigilante. “Saímos no caminho para Itabaiana, quando aconteceu uma
barreira da polícia e também teve disparos de armas de fogo e nós fomos usados
como escudos, na verdade. Foi quando aconteceu de irmos para um canavial.
Dentro do canavial, encontramos outra viatura e também servimos de escudo de
novo”, contou o gerente.
Ainda
segundo o funcionário, enquanto estavam no canavial, ainda na segunda-feira, os
suspeitos foram perseguidos pelo helicóptero da Secretaria de Segurança e
Defesa Social (Seds). “[Eles] mandaram nós deitarmos e nos cobriram com folhas
secas para o helicóptero não nos ver. Chegamos à noite, saímos e andamos em
torno de umas três horas, por dentro do canavial, foi quando encontramos uma
escolinha. Como a moça estava machucada, resolveram deixar ela na escola e
levar só eu apenas”, disse. A mulher, de 24 anos foi libertada na manhã da
terça-feira. Segundo informações da Polícia Militar, a escola fica no Sítio
Angicos, em Juripiranga, na Mata paraibana. No mesmo dia, dois suspeitos de
ajudarem os sequestradores foram presos.
Na
terça-feira, os dois suspeitos e o refém ficaram em um canavial. De acordo com
o gerente, para dormir e analisar o que seria feito no outro dia. Na manhã da
quarta-feira (30), a polícia localizou e prendeu os suspeitos na zona rural de
Pedras de Fogo, também na zona da Mata.
Tanto
os dois homens quanto o gerente estavam debilitados. “Foi uma alegria imensa,
assim, quando a polícia chegou. Que aí eu me senti mais liberto”, concluiu o
funcionário.
G1
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