Dez mil professores da Paraíba não têm formação adequada.
Imagem da Internet - Ilustrativa |
Cerca
de 25% dos professores que atuam no Ensino Médio e Fundamental na Paraíba não
têm formação adequada, conforme aponta o Censo Escolar 2015 divulgado este mês
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep) do Ministério da Educação. Essa porcentagem representa um universo de 10.167
docentes de um total de 41.477 de profissionais que trabalham nesses dois
ciclos com apenas o Ensino Médio.
Outro
agravante que o estudo apontou foi que 1.386 professores também atuam sem a
licenciatura, que é indicada para quem pretende ou já trabalha como docente no
Ensino Fundamental e Médio.
O
vice-presidente da Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado
da Paraíba (APLP), Odenilson Medeiros, afirmou que a maioria dos professores da
Paraíba fazem parte de um quadro que “chamamos de regentes de ensino ou
suplementares, que foram contratados antes da Constituição de 1988, momento em
que eles eram contratados e efetivados sem concurso público e só com ensino
médio”.
Diante
desse levantamento, o Censo também concluiu que há 74 docentes com apenas o
Ensino Fundamental. Apesar de ser um número pequeno, Odenilson ressaltou
dizendo que docentes sem formação adequada terminam refletindo na qualidade do
ensino. “O certo é que todos tenham pelo menos a licenciatura plena para não
acarretar em prejuízos para os alunos. O ideal é que essas pessoas sejam
capacitadas e que haja a realização de mais concursos para a contratação de
professores", enfatizou.
A
maioria dos professores que trabalha em sala de aula no Estado nos Ensinos
Fundamental e Médio, 29.850 possuem formação superior com licenciatura. Do
total de 41.477, 12.785 têm especialização, 1.383 mestrado e 153 doutorado.
Formação
docente
Diante
desses números, reflete a realidade em todo o país, o Ministério da Educação
(MEC) anunciou que tomará medidas para melhorar a formação dos professores.
Entre elas, a oferta de 105 mil vagas para formação de professores no segundo
semestre deste ano. Serão 20 mil vagas em universidades federais e 4 mil vagas
em institutos federais. Além disso, a Universidade Aberta do Brasil vai ofertar
81 mil vagas de formação à distância.
JPOnline
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