Dr. Durval concede entrevista exclusiva a nossa reportagem e fala sobre sua exoneração.
O
Delegado Dr. Durval Barros concedeu uma entrevista exclusiva à nossa
reportagem, após sua exoneração, que envolveu neste último final de semana
muitas polêmicas e manifestações, por populares da cidade de Cuité e Nova
Floresta.
Repórter:
Como o Senhor ver essas manifestações promovidas em feiras livres, Câmara
Municipal e nas redes sociais com o movimento “#FicaDr.Durval” a seu favor?
Dr. Durval:
“Estou muito grato pela solidariedade e reconhecimento de meu trabalho, em que
a sociedade se manifestou independentemente de situações políticas. Quem foi à
rua não foi político, foram pessoas carentes de segurança que reconhecem meu
trabalho, ao contrário da secretária de segurança, que agiu de uma forma
arbitrária promovendo uma satisfação a quem quer que seja, causando uma
dispensa da minha função de delegado, de forma sumária, onde existe uma lei que
disciplina a movimentação dos delegados, talvez essa lei não exista pra mim,
mais ela vai prevalecer, essa lei vai ter que existir. Agradeço a todos da
sociedade, a imprensa, amigos... Jamais vai esquecer essa manifestação que foi
feita, de tamanha intensidade, e principalmente na cidade de Nova Floresta que
sempre foi carente de segurança, carente de ter alguém que enfrentasse o
problema da bandidagem, o tráfico de drogas, os homicídios constantes. Essa
manifestação não foi promovida por mim, e sim pelo o povo, a voz do povo é a
voz de Deus, que necessita de segurança”.
Repórter:
Surgiram muitas conversas após sua exoneração, comentam-se que foi por causa de
um ex-deputado, uma foto sua tirada com o Pedro Cunha Lima, e agora surgiu um
áudio da Advogada Brenda Martins , a mesma tem obras na prefeitura de Nova
Floresta, e ela garante que teria sido o Prefeito João Elias (Meu Louro), que
teria dado uma ajuda para que o Senhor saísse. O senhor já parou para refletir
sobre essas situações e de onde teria vindo sua exoneração?
Dr. Durval:
“Sobre essa foto, o que é que tem tirar uma foto com o deputado Pedro Cunha
Lima? Era ruim pra mim e minha moralidade profissional, se eu tivesse abraçando
um bandido, que já fez diversos crimes, tanto em Cuité, como em Nova Floresta
para angariar um voto, isso é que é vergonha e infelizmente não é testemunhado.
Me sinto muito digno em tirar uma foto com o Pedro que é meu amigo e o conheço
desde criança, não tem nada demais, a situação política e ser sacrificado por
causa de uma foto, inclusive tenho várias fotos com tantos outros políticos dos
dois lados, não tenho nada haver com política, sou uma pessoa humilde e do
povo, todos são meus amigos. Fica um monte de “babão” criando uma situação
política, de quê o deputado Charles Camaraense teria sido o pivô dessa
situação, sou muito honesto e justo, e estou sendo injustiçado pela secretária
de segurança e por uma cambada de pessoas que não tem responsabilidade pela
segurança. Charles não tem nada haver com essa situação, desculpe às conotações
políticas que há, eu não posso ser injusto e dizer isso, não me interessa a
conotação política que vai ter de agora em diante. Esses áudios de Brenda
Martins que estão saindo, cabe a ela provar o que está realmente dizendo e não
sou eu que estou pedindo. Já fiz 13 TCOs contra a Brenda e estaria fazendo um
inquérito policial pela depredação que houve na prefeitura, que ainda não foi
provado que teria sido ela. Eu cumpri o meu dever, uma pessoa hoje que está me
defendendo é alguém que tem termos circunstanciados distribuídos na justiça,
pelos os possíveis atos que ela praticou, então que comparação esdrúxula seria
essa, que: Vamos tirar Dr. Durval porque está protegendo Brenda, isso é uma
grande mentira, uma desculpa que se quer dar a essa situação, porque a justiça
sabe que os procedimentos foram distribuídos no fórum, quem estiver com alguma
dúvida é só ir até lá, Jamais eu sairia da minha função para prender Brenda no
âmbito da prefeitura, primeiro, porque a Prefeitura teria que ter a guarda
municipal para zelar pelo seu patrimônio e por alguma coisa que está lá dentro,
isso não é função minha, sou Delegado de Polícia de carreira, concursado,
modéstia parte competente na minha função, não sou delegado comissionado, calça-curta,
para está a serviço de prefeito ou de quem quer que seja mandando as pessoas
sair de dentro da prefeitura, não fui e não vou a circunstâncias nenhuma,
porque não estou trabalhando pra político, trabalho para a sociedade, o que é
estranho, é que o Coronel Galvão também esteve lá, falou com a Brenda e não a
prendeu, ele estava revestido das formalidades legais, não havia motivo de
prisão, se o Coronel que esteve lá não a prendeu, porque eu iria sair da
delegacia para fazer isso? Não sou Capacho de político e não devo homenagem a
nenhum, ela quem está dizendo que houve essa situação, já que se tornou uma
situação política, não vou eu meter num mérito político, porque afinal, o
prejudicado está sendo eu, hoje faz quatro dias afastado de minhas funções, exonerado
de maneira vergonhosa, porque existe lei que disciplina a movimentação dos
delegados e não foi cumprida, foi sumariamente, isso é um absurdo, é justa essa
diminuição no meu salário? Afastamento do meu trabalho em casa, sem fazer nada?
Onde eu poderia está defendendo a sociedade da bandidagem? Essa é a recompensa
que a secretaria de segurança me dar pelo o meu trabalho prestado a sociedade?
Precisamente em Nova Floresta, a mesma vive há tempos nessa situação triste, de
serem obrigados a está assistindo um espetáculo horroroso, de assaltos, crimes.
Quando chega um delegado que vai defender a sociedade, chega os políticos
inescrupulosos e age dessa maneira. Seja quem for que teve a iniciativa de
fazer isso, só te digo uma coisa: você não está ao lado do povo, não está ao
lado da sociedade que prestou tanto serviço a você, com aquilo que se diz o
VOTO, e não tem responsabilidade, de representar sua cidade e cabe ao povo,
quando quiser, lhe dar a resposta. Eu estou te dando à resposta agora, mediante
de tudo que a gente está sabendo. Desculpem esse desabafo, não estou falando
como delegado, mas como uma pessoa do povo, como filho de Nova Floresta, de
Cuité. Me sinto agora, não como delegado, mais sim como uma pessoa qualquer que
vou ficar a mercê da bandidagem, porque tem os interesses escusos , que se opõe
aos interesses sociais, políticos . A política não devia intervir na segurança
pública, porque a coisa vai para o “Balalau”.
Repórter:
Mesmo com essa possível perseguição política, da cidade de Nova Floresta, o
Senhor voltaria a trabalhar naquela cidade?
Dr. Durval:
“Voltaria sim, eu adoro o povo de Nova Floresta, sou filho adotivo daquela
cidade, porque, eu não ia trabalhar pra político, iria trabalhar para o povo,
esse foi o meu compromisso quando eu cheguei a Nova Floresta, voltaria hoje,
caso me mandassem de volta, porque foi o povo de lá, que se manifestou ao meu
favor, foi o povo carente de justiça que se manifestou ao meu favor e isso é
muito gratificante para mim”; Finalizou o Delegado Dr. Durval Barros.
89FM com Rede Mais Notícias
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