LAMENTÁVEL: AACD enfrenta problemas financeiros e ameaça fechar as portas.
Inaugurado
há quase dois anos, a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD)
teve o convênio com o Governo do Estado suspenso e teme enfrentar dificuldades
para manter o atendimento a cerca de 600 pacientes de várias cidades
paraibanas, do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Na manhã desta terça-feira
(3), pais das pessoas que são atendidas na instituição realizaram um protesto
pedindo que a AACD não feche na cidade.
Por
meio de convênios, o Governo do Estado mantinha o repasse de recursos para a
unidade desde a sua inauguração em 26 de setembro de 2014. O JORNAL DA PARAÍBA
soliciou informações sobre o assunto, mas a Secretária de Estado da Saúde não
quis se pronunciar.
Para
resolver o impasse, a AACD informou, por meio de nota, que está negociando com
a Prefeitura de Campina Grande uma solução para garantir a manutenção do
tratamento. Antes mesmo do fim desse convênio, a instituição já enfrentava
dificuldades por falta de recursos suficientes para atender a todos os
pacientes. Um pai de um paciente da unidade, que não quis se identificar, disse
que vai participar do protesto, pois teme a precariedade dos serviços com a
municipalização.
Até
esta terça-feira (3), a instituição privada, sem fins lucrativos e que tem a
missão de promover a prevenção, habilitação e reabilitação de pessoas, crianças
a adultos, com deficiência física, informou que segue operando normalmente.
Inauguração
O
Centro de Reabilitação Hebe Camargo, unidade da Associação de Assistência à
Criança Deficiente (AACD) foi inaugurado em 2014 em um terreno doado pelo
Governo do Estado no bairro de Bodocongó e tem uma área construída de 1.087 m².
A unidade tem como público-alvo crianças a partir de 3 meses, jovens, adultos e
idosos. Pelo menos 450 pacientes que eram atendidos em Recife passaram a ser
atendidos na unidade da Paraíba. É o caso do filho de 15 anos da economista
Cleide Lira, que precisava se deslocar de Campina Grande até a capital de
Pernambuco, pelo menos três vezes por mês, e agora faz todo o atendimento na
cidade.
“Desde
os quatro meses de vida do meu filho que viajávamos com ele para outro Estado,
ocasionando muitas despesas, e agora tudo está mais fácil, com o atendimento
perto de casa. É um sonho realizado e estou muito feliz pelo meu filho e por
outras crianças que tinham que procurar atendimento em Recife”, destacou
Cleide.
JPOnline
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