Não são apenas sinais, Ricardo já deu tom do 'discurso' do rompimento com PMDB.
Relação
entre o governador e o PMDB de José Maranhão está por um fio
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O
governador Ricardo Coutinho (PSB) mostrou na quarta-feira (18), numa entrevista
em Campina Grande, que o discurso do rompimento já está pronto. RC ultrapassou
o limite dos sinais e as palavras já atingem de maneira mais forte o PMDB.
Coutinho afirmou que o partido, ainda aliado, não se porta como tal. Não presa
pela via de mão dupla e joga como inimigo. Para justificar, lembrou que nos
últimos dias filiou adversários políticos dele. Uma referência, sem citar
nomes, a Ricardo Marcelo, ex-presidente da Assembleia Legislativa.
Ricardo
lembrou que deu espaços para o partido no governo socialista e que vê com
“tristeza” alguns passos dos peemedebistas. E ameaçou: “vai chegar um momento
que PSB e os partidos aliados vão jogar”. Coutinho parece já contar com um
possível rompimento e lembrou que “não tem essa de aliado querer destruir o
aliado”. E completou dizendo que fizeram isso com ele em 2014. Uma referência
ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Ao que parece, na tese de RC, ele sempre
esteve na “proa” de um projeto político admirado, aceitou aliados, deu força,
espaços quando necessário, mas foi abandonado por eles quando era conveniente.
Não sobe em palanque do PMDB
Coutinho
deu ainda outros recados. Afirmou que não sobe em palanque do PMDB, só do PSB.
Ou seja, será que Veneziano Vital do Rêgo já está fora de cogitação? Parece que
sim. Ricardo resolveu ir para o enfrentamento. Sabe que nem aqui em JP, nem em
Campina Grande, tem tempo para chove e não molha. Habilidosamente, cria o
cenário de que é o PMDB que não age com lealdade, com parceria. Tem cartuxo
para isso, afinal mais de 30 peemedebistas estão no governo socialista. Vai
conquistando corações e mentes e formando o pensamento da militância, que
começa a ser preparada para o embate. RC é bom nisso.
JPOnline
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