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Rodrigo Janot pede ao Supremo para investigar Vital do Rêgo Filho.


O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), o paraibano Vital do Rêgo Filho (Foto), entrou de vez no radar da operação Lava Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (2), um pedido para que ele seja investigado por suposto recebimento de propina durante o período em que comandou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras no Congresso, em 2014.  O pedido também se estende ao senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, e o deputado federal Marco Maia (PT-RS).

Os três possuem foro privilegiado e foram denunciados na delação premiada do senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS), preso em novembro do ano passado, acusado de tramar contra a operação Lava Jato. Em fevereiro deste ano, o ex-líder do governo no Senado fez delação e foi solto. O ex-petista revelou aos investigadores que Vital do Rêgo (então senador), Marco Maia e o ex-senador Gim Argello cobravam dinheiro dos executivos de grandes empreiteiras para garantir que eles não seriam convocados para depor na CPMI. Argello, sem foro privilegiado, foi preso no mês passado durante operação da Polícia Federal.

Em sua delação, Delcídio do Amaral também afirmou que Aécio Neves atuou para maquiar dados do Banco Rural na CPI dos Correios. Presidida por Delcídio em 2005, a comissão investigou o mensalão, esquema que utilizava as empresas do empresário Marcos Valério para a lavagem de dinheiro. A denúncia encaminhada pelo procurador ao Supremo também ressalta que o tucano teria conta no paraíso fiscal de Liechtenstein. O delator retornou aos trabalhos no Senado neste ano e responde a um processo ético na Casa, com o risco de ter o mandato cassado.

Delcídio também revelou à polícia ter feito vista grossa em relação à suposta maquiagem nos dados do Banco Rural para proteger o presidente nacional do PSDB. As movimentações de Marcos Valério na instituição, conta o delator, faria com que as investigações rumassem para irregularidades cometidas por Aécio Neves e seus aliados. Segundo Delcídio o tema foi tratado na sede do governo mineiro, por volta de 2005 e 2006, quando Aécio governava o Estado e ainda lhe teria oferecido o avião do governo de Minas para ir ao Rio, o que foi aceito pelo senador.

O ministro Vital do Rêgo Filho foi procurado pelo blog, porém, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Contas da União, ainda não há um pronunciamento oficial sobre o assunto. Em consultas anteriores, após o vazamento da delação de Delcídio do Amaral, o ministro negou todas as acusações.



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