Saiba o que pesa contra os parlamentares paraibanos na operação Lava Jato.
A
operação Lava Jato virou motivo de preocupação para três parlamentares ou
ex-parlamentares paraibanos, que poderão se transformar em réus no processo.
Todos foram denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A
lista inclui os deputados federais Manoel Júnior (PMDB) e Aguinaldo Ribeiro
(PP), além do ex-senador e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU),
Vital do Rêgo Filho. Todos negam as acusações, mas poderão pagar um preço
eleitoral muito alto por isso ou então causar prejuízo para aliados apoiados
por eles.
Manoel Júnior (PMDB)
O
deputado já enfrentava problemas com as ligações do nome dele ao do presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar carioca é alvo
de oito denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em
esquemas investigados pela Lava Jato. Manoel Júnior é alvo de uma acusação bem
mais leve: ele teria, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
proferido achaques contra o banco Schahin com o objetivo de favorecer o
corretor de seguros Lúcio Bolonha
Funaro, que disputava contrato com instituição financeira. Janot suspeita que
os parlamentares apresentaram requerimentos orientados por Cunha e atuaram na
Câmara dos Deputados para pressionar o grupo Schahin.
Resposta:
O
deputado afirmou que os requerimentos não chegaram sequer a ser efetivados,
pois as audiências públicas foram transformadas em vindas do presidente do
Banco Central à Câmara para prestar esclarecimentos. “Pois bem, este dois
requerimentos foram instados como crimes. Não sabia que investigar corrupção e
malversação do dinheiro público agora se transformava em crime. Se tivesse de
fazer de novo, faria os mesmos requerimentos, no meu papel de deputado, de
fiscalizador dos recursos públicos”, afirmou.
Aguinaldo Ribeiro (PP)
Líder
do PP na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro foi relacionado ainda no ano
passado entre os denunciados por suposto recebimento de propina. O partido do
ex-ministro das Cidades abriga 32 dos 51 políticos investigados. Aguinaldo é
acusado do recebimento de dinheiro pago por empresas que tinham contrato coma
Petrobras.
Resposta:
O
ex-ministro tem evitado dar declarações sobe o assunto. Em defesas mais
antigas, Aguinaldo disse que a inclusão do seu nome na operação Lava Jato foi
uma tentativa de “retaliar” o partido.
Vital do Rego Filho
É
acusado de ter recebido propina paga por grandes empreiteiras quando presidia a
CPMI da Petrobras. Ele e Gim Argello, ex-senador e preso atualmente, segundo
Janot, cobravam pedágio dos executivos de empreiteiras para que eles não fossem
convocados para depor.
Resposta:
“Ao
tempo que reitera o repúdio às ilações associadas a seu nome na referida
delação premiada, desprovidas de qualquer verossimilhança, o Ministro Vital do
Rêgo informa que está à disposição das instituições para qualquer
esclarecimento”.
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de Suetoni
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