Senado vota hoje afastamento da presidenta Dilma Rousseff
O
plenário do Senado Federal vota hoje (11) o relatório da Comissão Especial do
Impeachment sobre a admissibilidade do processo contra a presidenta Dilma
Rousseff. O parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) é favorável à
continuidade do processo por considerar que há indícios de que Dilma praticou
crime de responsabilidade. A sessão está prevista para começar às 9h.
Sessão dividida
Até
o encerramento da sessão dessa terça-feira (9), 67 senadores tinham se inscrito
para falar. Eles terão direito a 15 minutos de discurso cada. A sessão será
dividida em três blocos: de 9h às 12h, de 13h às 18h e de 19h em diante.
Após
a discussão dos senadores, o relator falará também por 15 minutos e depois o
advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma, por
mais 15 minutos. A defesa será a última a falar.
Orientação de bancada
Os
líderes partidários não farão o tradicional encaminhamento de votações por se
tratar de um julgamento, e não da aprovação de propostas.
Votação
Os
senadores votarão no painel eletrônico do Senado e não vão justificar o voto,
nem falarão antes de votar. Cada senador pode votar sim, não ou se abster. Após
a conclusão da votação, o painel será aberto e o resultado anunciado.
Afastamento
Se
os senadores decidirem pela continuidade do processo de impeachment da presidenta,
Dilma Rousseff deverá ser afastada por 180 dias. O quórum mínimo para votação é
de 41 dos 81 senadores (maioria absoluta). Para que o parecer seja aprovado, é
necessário o voto da maioria simples dos senadores presentes – metade mais um.
O presidente do Senado só vota em caso de empate.
Publicação
A
decisão será publicada no Diário do Senado amanhã (12). Somente após isso e
caso o parecer seja admitido, o primeiro-secretário Vicentinho Alves (PR-TO)
levará a notificação à presidenta.
Posse
Com
um possível afastamento de Dilma, o vice-presidente Michel Temer tomará posse.
De acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não há
necessidade de nenhuma cerimônia especial, uma vez que Temer já prestou
juramento à Constituição junto com Dilma em 1º de janeiro de 2015.
Agência
Brasil
Nenhum comentário