Suspeito de matar comerciante na PB diz que ateou fogo no corpo.
O
suspeito de matar a comerciante Maria Arcanjo da Silva da cidade de
Itapororoca, no litoral Norte da Paraíba, no final de abril, mudou a versão que
tinha dado ao crime e disse que ateou fogo no corpo da vítima. Antônio Alves de
Morais confessou ter matado a comerciante por ciúmes e estava participando das
buscas pelo corpo da vítima nesta sexta-feira (20).
Inicialmente,
ele havia dito que teria enterrado o corpo da comerciante após o assassinato.
Porém, ele voltou atrás e indicou o local onde o corpo foi carbonizado, em um
canavial, às margens da PB-007, na região de Lucena. As buscas pelo corpo da
comerciante começaram na noite da quinta-feira (19). A prisão do casal suspeito
do crime foi na quarta-feira (18), no Ceará.
“Vou
completar 65 anos agora. Acabei com minha vida”, declarou Antônio Alves de
Morais, que é ex-vereador de Santa Rita. Ele disse que o filho dele estava no
carro na hora do crime, mas que se arrepende do assassinato. Antônio disse
ainda que não ficou com dinheiro da comerciante.
Em
entrevista na manhã desta sexta-feira (20), Antônio deu detalhes de como
aconteceu o crime. Segundo ele, a vítima foi morta dentro do próprio carro em
um local próximo ao aeroporto de João Pessoa e, em seguida, a levou para o
local onde foi abandonada. "Passei uma corda no pescoço dela e
puxei", detalhou Antônio, que confessou: "Matei por ciúme!".
Sobre
a participação do seu filho no crime, ele ressalta que o rapaz só veio, a
saber, do crime depois. "Ele gritou: 'pai não faça uma loucura dessa não'.
Ele ficou doidinho, ele é pastor", contou. Antônio disse ainda estar
confuso sobre o local onde abandonou o corpo. "Uma hora depois o
arrependimento bateu. Por isso não encontrei ainda. Fiquei doidinho",
relatou.
Segundo
a delegada Ranielle Vasconcelos, responsável pelo caso, a vítima teria vendido
uma casa para o casal e foi morta quando seguia para João Pessoa para receber o
pagamento. O crime aconteceu no dia 27 de abril e a vítima estava desaparecida
até o dia da prisão dos suspeitos.
“A
equipe investigativa da 7ª Delegacia Seccional recebeu há cerca de 20 dias a
denúncia do desaparecimento da comerciante Maria Arcanjo da Silva. A partir
daí, começamos um verdadeiro rastreamento dos passos do casal que havia
negociado a venda de uma casa com a comerciante. Conseguimos identificar
através das imagens do circuito interno de um banco que os suspeitos efetuaram
saques na conta da vítima”, esclareceu a delegada.
Com
base nesses indícios, a delegada Ranielle Vasconcelos pediu a prisão preventiva
do casal e o delegado regional de Iguatu (CE) deu cumprimento. A prisão
aconteceu na cidade de Saboeiro, no Ceará.
G1
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