'Ataque foi homofóbico e não religioso', diz pai de atirador.
Pai
de Omar Sediqque Mateen, atirador que matou 50 pessoas em um ataque em Orlando,
nos EUA, afirmou que a motivação do atentado não foi religiosa. Mir Sediqque
garantiu que o cunho do ataque foi homofóbico.
“A
questão religiosa não tem nada a ver com isso. Ele viu dois homens se beijando
em Miami há alguns meses e ficou muito irritado. Estamos chocados como o resto
dos Estados Unidos. Queremos apenas pedir desculpas, estamos muito chocados”,
afirmou Mir.
O ATENTADO
Pelo
menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas no tiroteio na boate Pulse, em
Orlando, Flórida, nos Estados Unidos, ocorrido na madrugada de hoje (12).
“Muitas vidas foram perdidas. Há muitos corpos no local”, disseram autoridades
policiais. Inicialmente, a informação era que aproximadamente 20 pessoas tinham
morrido após um homem abrir fogo contra pessoas que estava na boate, voltada
para o público LGBT.
O
FBI, a polícia federal norte-americana, classificou o incidente como “ato de
terrorismo”. Um homem armado com um rifle e uma pistola atirou contra os
frequentadores de clube noturno, na área central da cidade, e fez reféns por
cerca de três horas. Depois de um período em que tentou negociar com o
atirador, a polícia decidiu entrar no local e atirou no homem. Após o episódio
na boate, foi declarado estado de emergência na Flórida e em Orlando.
A
identidade do suspeito ainda não foi revelada. Uma testemunha que estava no
clube disse que ouviu “20, 40, 50 tiros” e, então, “a música parou”. Um
policial chegou a ser atingido no capacete. Os feridos foram levados para três
hospitais da região.
As
investigações consideram a possibilidade de o suspeito ter ligações com o
islamismo radical. “Nossa comunidade é forte. Precisamos ajudar uns aos outros
para lidar com essa situação”, afirmou o prefeito de Orlando, Buddy Dyer.
Em
dois dias, este é já o segundo caso de tiroteio em Orlando. Na sexta-feira
(10), um homem matou a tiros a cantora Cristina Grimmie após um show.
REPERCUSSÃO
Os
candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Donald Trump, se
manifestaram sobre o atentado. Pelo Twitter, Hillary disse que acordou com “a
notícia devastadora da Flórida”. “Enquanto esperamos para mais informações,
meus pensamentos estão com as pessoas afetadas por este ato horrível”, escreveu
a candidata democrata.
Também
pelo Twitter, Trump disse que a polícia investiga a possibilidade de
terrorismo. “Muitas pessoas mortas e feridas”, lamentou o republicano.
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