Depois do feijão, governo pode autorizar importação de milho para reduzir preço.
Os
preços dos grãos no mercado interno estão sendo observados pelo ministro da
Agricultura, Blairo Maggi. Ele admitiu nesta quinta-feira (23), em audiência
pública na Comissão de Agricultura (CRA), que poderá rever as taxas de
importação do milho, assim como ocorreu com o feijão, para amenizar os efeitos negativos
no bolso dos consumidores. Os preços de ambos os grãos subiram em razão de
problemas nas colheitas.
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Estamos tomando duas atitudes. A primeira é provocando o governo a dar um preço
mínimo maior. Nós defendemos preço mínimo de 18 reais para a saca de milho. Do
outro lado, você tem que mostrar ao produtor que se o milho subir muito de
preço, nós vamos também, a exemplo do que fizemos agora com o feijão, liberar a
importação. O que não podemos deixar é que o mercado fique especulativo e leve
o milho a 60 reais – argumentou.
Maggi
admitiu liberar a importação de milho em resposta ao senador Acir Gurgacz
(PDT-RO). O parlamentar observou que os preços recorde do milho têm afetado
toda a indústria de carne. Criadores de frangos, de suínos e de gado leiteiro,
disse Acir, têm no grão a principal fonte de alimento para os animais e sofrem
com a pressão nos custos.
Setor
estratégico
Entre
outros temas, Blairo Maggi relatou que tem se reunido com representantes da
cadeia produtiva e pedido sugestões para reduzir a burocracia nos procedimentos
e normas do Ministério. Abordou ainda a questão da infraestrutura e do
armazenamento de grãos, os desafios do
setor de pesca e aquicultura e afirmou que está em estudo um novo modelo de seguro rural.
Senadores
foram unânimes em apontar o setor agropecuário como estratégico para ajudar o
país a superar a crise.
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A crise seria muito mais aguda não fosse o trabalho dos agricultores
brasileiros – afirmou a presidente da CRA, Ana Amélia.
Roberto
Muniz (PP/BA) propôs a criação de um Fundo Agropecuário Nacional como forma de
defender e fortalecer a produção.
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Essa estruturação deste fundo pode ser abraçada pelo Ministério como uma
política pública nacional, como já temos em diversos outros setores - afirmou Muniz.
O
ministro Blairo Maggi lembrou que vários estados já têm fundos regionais e
disse que vai estudar a possibilidade de levar adiante a proposta.
Agência
Senado
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