Fraude para encaminhar paciente do Samu para UTI particular é investigada.
Imagem ilustrativa - Da internet |
Vinte
e uma pessoas foram presas, em Goiás, suspeitas de fazer parte de um esquema
que fraudava o Samu. O esquema funcionava há um ano e meio.
O
vídeo mostra o momento da prisão de um dos investigados pelo Ministério Público
de Goiás: Rafael Haddad, dono de um hospital particular. Assista no vídeo
acima. Também foi preso na operação o diretor-geral do Samu de Goiânia, Carlos
Henrique Duarte.
Entre
os presos estão técnicos, enfermeiros e médicos do Samu e até dois bombeiros.
Os suspeitos foram levados para o Ministério Público e encaminhados para a Casa
de Prisão Provisória. De acordo com o Ministério Público cerca de 20 hospitais
estão envolvidos no esquema.
Segundo
a investigação, funcionários do Samu recebiam propina para encaminhar
pacientes, que tinham planos de saúde, para UTI's de hospitais particulares de
Goiânia. O Ministério Público descobriu inclusive os valores. Técnicos e
enfermeiros recebiam até R$ 500 por paciente. Já os médicos do Samu ganhavam
até R$ 15 mil, o equivalente a uma diária em UTI.
Ainda
segundo o grupo de promotores, que investiga o caso, os socorristas envolvidos
no esquema também são suspeitos de piorar o estado de saúde dos pacientes.
“Por
exemplo, o paciente que estava com hipoglicemia não se fazia a glicose e ainda
se aplica um medicamento para induzi-lo ao coma e assim permitir que esse
paciente fosse encaminhado a uma UTI e o servidor recebesse essa propina por
esse encaminhamento. A gente está apurando esses fatos”, fala o coordenador do
Gaeco, Luís Guilherme Gimenes.
Os
Bombeiros e a Secretaria de Saúde de Goiânia, a pedido do prefeito Paulo
Garcia, do PT, abriram uma sindicância para apurar o envolvimento de
funcionários. A defesa do médico Rafael Haddad, disse que ele é inocente. A
direção do Hospital Renascense ainda não se manifestou.
G1
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