Polícia Civil do Rio encerra inquérito de estupro coletivo; sete são indiciados.
A
Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou hoje (17) que sete pessoas foram indiciadas
no caso da adolescente que sofreu estupro coletivo no mês passado. A titular da
Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, Cristiana Bento, pediu à Justiça
a prisão preventiva dos indiciados e encaminhou o caso ao Ministério Público.
Apesar disso, as investigações continuarão a buscar possíveis partícipes do
crime, que causou comoção nas redes sociais após a divulgação de imagens em que
a adolescente era violentada.
O
inquérito foi concluído com o indiciamento de Raí de Souza e Raphael Duarte Belo
pelos crimes de estupro de vulnerável e produção e divulgação de material
pornográfico com menor de idade; um menor de idade, por ato análogo aos mesmos
crimes; Moisés Camilo de Lucena e Sérgio Luiz da Silva, por estupro de
vulnerável; e Michel Brasil e Marcelo Miranda, pela divulgação das imagens.
O
jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, que também foi investigado e
chegou a ser preso, não foi indiciado porque as investigações não apontaram sua
participação no crime.
A
delegada Cristiana Bento afirmou que a perícia no celular de Raí de Souza foi
fundamental para que as investigações determinassem a atuação de cada um dos
indiciados. No aparelho, foram encontradas mais imagens e conversas em que os
investigados combinavam os depoimentos.
Cristiana
Bento disse esperar que os indiciados recebam "penas exemplares".
"Que sirva de exemplo para a comunidade que a mulher não é uma coisa, e
que deve ser respeitada. E que praticar sexo com adolescente ou qualquer mulher
desacordada, que não possa oferecer resistência, é crime", afirmou ela,
que acrescentou: "Acredito que [esse caso] fez a sociedade pensar no
conceito de estupro e na cultura do estupro. A cultura do estupro pretende
colocar a culpa na vítima ou despenalizar o agressor, absolvendo como doente ou
psicopata. É um alerta que se faz".
Agência
Brasil
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