MPF investiga enriquecimento ilícito através do São João de Patos PB.
O Ministério Público Federal (MPF) está
realizando na cidade de Patos, no Sertão do estado, uma investigação para
apurar enriquecimento ilícito na realização do São João da cidade. Estão sendo
ouvidas cinco pessoas suspeitas de envolvimento no caso e também estão sendo
coletados documentos na sede da Prefeitura de Patos, nas sedes da empresa Área
Badalada Eventos e em três residências de investigados, todas localizadas no
município, de acordo com o MPF.
O objetivo do MPF é a coleta de provas
sobre um esquema ilícito montado nas execuções do São João de Patos em 2014,
2015 e 2016, assim como de enriquecimento ilícito de investigados que se
beneficiaram a partir de apropriação de recursos captados em patrocínios do
evento.
Estão sendo ouvidos Ilanna Araújo Motta, Meryclis
D'Medeiros Batista, Wescley Barbosa Lima, Joseilson Felipe da Silva e Wadi de
Andrade Barros.
De acordo com o que foi investigado até o
momento, há fortes indícios que a Prefeitura de Patos contratou a empresa de
eventos Área Badalada, de propriedade do filho do secretário de Agricultura do
município, por meio de uma licitação direcionada.
Ao que tudo indica, a empresa foi utilizada
para angariar recursos de patrocínio para custear o evento São João de Patos e
várias outras atrações juninas a cargo do município. As irregularidades,
segundo apontam as investigações, objetivaram não só executar o evento com
recursos de empresas públicas federais e de particulares, mas também a
apropriação dos valores de patrocínio, enriquecendo ilicitamente os investigados
envolvidos.
Entre os principais patrocinadores do
evento estaria a empresa Friboi, do grupo JBS, que teria desembolsado altos
valores para bancar o São João de Patos 2015.
Os fatos, apurados pelo MPF no Inquérito
Civil nº 1.24.003.000131/2015-64, são derivados do encontro fortuito de provas
que compõem o volume gigante de dados obtidos na Operação Desumanidade e foram
compartilhados com as instâncias competentes para apurá-los, no caso, a
primeira instância. São fatos laterais e sobre eles não há sigilo judicial
referente à atuação da Justiça de primeiro grau, conforme ocorreu com ação de
improbidade ajuizada recentemente, envolvendo gestores de municípios de Patos e
São José de Espinharas.
Clickpb
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