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Pivô da queda de Dom Aldo, autora de carta será julgada pela Justiça

Dom Aldo Pagotto teve a renúncia aceita pelo papa Francisco
Pivô da crise que culminou com a renúncia do arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, Mariana José Araújo Silva, autora da carta com as denúncias de pedofilia e acobertamento dos escândalos na Igreja, será julgada no dia 14 deste mês, em ação movida pelo religioso. Na carta enviada ao Vaticano, ela relatou que o arcebispo mantinha relação afetiva e sexual com um jovem de 18 anos. Além disso, permitia e encobria o relacionamento de padres e seminaristas com crianças e adolescentes. O caso foi o start para a investigação. Dom Aldo foi alvo de visitas canônicas, foi impedido de ordenar novos padres e, finalmente, em meio à apuração promovida a mando do papa Francisco, decidiu pedir o seu afastamento.

A ação tramita no Fórum Criminal de João Pessoa. A última audiência, de conciliação, aconteceu no dia 19 de abril deste ano. O advogado de Mariana, Iarley Maia, se mostrou confiante de que sua cliente será inocentada. Ele assegura que, para isso, a renúncia de dom Aldo Pagotto não terá qualquer influência. “Ela foi muito pressionada, caluniada, difamada e até desrespeitada em sua honra. Colocaram em dúvida a sanidade mental dela. Foi preciso os exames de sanidade mental para comprovar que isso não existia”, relatou, acrescentando que sua cliente passou por toda a sistemática de exposição pública e tentativa de desmoralizar e descredibilizar sua imagem. “Mas de nada serviu e ela manteve-se firme no propósito dela e dia 14, diante da Justiça, ela vai provar a sua inocência”, acrescentou.

O advogado de Mariana ainda negou a tese de que ela teria negado as informações prestadas à Igreja. A fiel é ligada à Paróquia de São Rafael. Depois da denúncia formulada por ela, o Jornal da Paraíba fez uma grande cobertura jornalística mostrando todas as consequências da investigação para o clero paraibano. Na carta-renúncia, dom Aldo Pagotto reconheceu os erros por ter aceitado na Paraíba padres vindos de outros estados com denúncias de envolvimento com pedofilia. Ele alegou que seu erro foi “confiar demais”. Dom Aldo anunciou que vai deixar a Paraíba e deve se fixar no Ceará, onde fica a sua congregação. Depois de 12 anos na Arquidiocese da Paraíba, o religioso colecionou polêmicas e escândalos.


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