Polícia diz que clubes fraudavam resultados de campeonatos de futebol.
O
delegado da Polícia Civil, Mário Sérgio de Oliveira Pinto, um dos coordenadores
da Operação Game Over, que apura fraudes em resultados de jogos de futebol,
disse nesta quinta feira (7) que, até o momento, as investigações mostram a
participação de seis a oito clubes no esquema que manipulava resultados de
partidas. A intenção dos criminosos era beneficiar uma quadrilha que obtinha
premiações em casas de apostas internacionais.
Segundo
o delegado, tiveram jogos com resultados manipulados, em 2016, as séries A2 e
A3 do Campeonato Paulista de Futebol e a primeira divisão dos campeonatos
estaduais do Rio Grande do Norte, do Maranhão e do Ceará. De acordo com ele, há
indícios de que houve fraude também nas séries principais do Acre, Paraná, e
Mato Grosso.
A
quadrilha é liderada por asiáticos, que pagavam de US$ 20 mil a US$ 30 mil para
que um time perdesse um jogo determinado. Normalmente, a equipe era obrigada a
ser derrotada por um largo placar, como quatro a zero. Treinadores, jogadores e
dirigentes estão envolvidos no caso.
“Descobrimos
que o esquema não necessita da participação de todo o clube, basta uma
quantidade mínima de jogadores. Nem todo o elenco precisa ser aliciado. Basta
que o técnico e a maior parte dos jogadores em campo atuem de forma
pré-ordenada, com a intenção de fraudar o resultado. Mas há casos em que a
estrutura inteira do time participa, do presidente aos jogadores”, disse o delegado
da 5ª Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância
Esportiva.
Colocar
a mão na bola dentro da área ou fazer faltas dentro da área – situações em que
os times são punidos com pênaltis – eram algumas das formas que os jogadores, a
mando do técnico e dirigentes, agiam para manipular o resultado.
Não
há informações ainda sobre os chefes da organização criminosa no exterior,
apenas que são da Indonésia, Malásia e China. No Brasil, o esquema, segundo a
polícia, era coordenado por Anderson Silva Rodrigues e Marcio Souza da Silva,
ambos do Rio de Janeiro. Até o momento, oito participantes do esquema foram
presos temporariamente.
Agência
Brasil
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