Governo apoia exposição e feira de caprinos e ovinos em Cubatí.
Agricultores
familiares e criadores de Cubati, no Seridó paraibano, participaram no domingo
(28), da 1º Exposição e Venda de Caprinos e Ovinos do município. O evento, uma
parceria do Governo do Estado, por meio da Emater (Gestão Unificada), Banco do
Nordeste local e Prefeitura Municipal, contou
com 110 animais expostos.
De
acordo com o extensionista rural da Emater de Cubati, Marcio José Osmir, a ação
tem por objetivo estimular a expansão da caprinovinocultura no município. “Foi
a forma que encontramos para integrar os criadores de caprinos e ovinos,
ofertando animais de qualidade, viabilizando o melhoramento genético do
rebanho”, explicou.
Com
uma infraestrutura de 60 m² composta de 14 baias fixas com capacidade para dez
animas, sendo dois curral e restaurante, além de outros equipamentos que
serviram de apoio para os parceiros e apoiadores, a exposição abrigou cerca 300
animais das raças Santa Inês, Boer, Saanen e Doper. Os interessados adquiram
animais de duas formas: com recursos próprios ou por meio de financiamento via
Pronaf, na modalidade microcrédito AgroAmigo.
Rebanho
– No último censo agropecuário de 2006, Cubati registrou um rebanho de 3.564
cabeças, sendo 2.025 de caprinos e 1.539 de ovinos. O extensionista da Emater avalia que, “em
função das secas dos últimos cinco anos, seguramente esse número é maior devido
a migração da criação de bovinos para animais de pequeno e médio porte, com
destaque para a caprinovinocultura e a suinocultura”, enfatizou.
Ele
explicou que a estiagem na região Nordeste, especificamente na Paraíba, é fator
limitante para os criadores em geral e com o caprinovinocultor não é diferente,
o que leva o criador a associar um manejo nutricional adequado, utilizando uma
boa estratégia de produção e armazenamento de forragem com sistema reprodutivo,
sem esquecer a utilização de animais de reconhecido potencial produtivo e
adaptado.
As
alternativas de alimentação para caprinos e ovinos nos períodos de estiagem no
semiárido e no município se baseiam na produção e conservação de espécies
forrageiras nativas ou introduzidas no uso de alguns resíduos agroindustriais e
na compra de ingredientes concentrados. Essas alternativas são utilizadas de
acordo com o perfil tecnológico, social e econômico do criador.
Há
muitos anos a caprinocultura constitui-se em uma atividade de subsistência
entre os agricultores familiares no Nordeste semiárido. Nas últimas décadas,
todavia, investimentos governamentais em infraestrutura dotaram a atividade de
sustentabilidade, superando com isso, o precário estágio de subsistência
abrindo perspectivas de consolidação da caprinocultura.
Os
desafios para assegurar a sua profissionalização estão à disposição dos
criadores, como pesquisa e a extensão. Todo o trabalho de assessoramento conta
com o acompanhamento do coordenador regional da Emater em Picuí, Fernando
Guedes.
secom
Nenhum comentário