Na PB, professora tatuada diz que foi chamada de 'mau exemplo' por bispo.
A
professora Gislaine Fernandes, de 37 anos, registrou um Boletim de Ocorrência
na Central de Polícia de Campina Grande nesta segunda-feira (1º) contra o bispo
da Diocese de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva. A educadora conta que o
sacerdote disse que ela era um mau exemplo para os alunos por usar piercing e
tatuagens. O caso teria acontecido na sexta-feira (29) durante uma visita
missionária em uma escola estadual da cidade de Assunção, no Cariri paraibano.
A professora também diz que vai com um pedido de retratação no Ministério
Público da Paraíba contra.
A
Diocese de Patos divulgou em seu site uma nota, assinada por quatro padres, com
o posicionamento do bispo e que ele está em missão nesta segunda-feira. A nota
relata que o tema do discurso de Dom Eraldo da Silva era ''sobre o processo de globalização
dos valores'' e ele "citou o exemplo de estilos e modas globais como o uso
de tatuagens". "Esse fato gerou um debate de opiniões divergentes e
interpretativas entre o bispo e uma das professoras presentes", diz a
nota, que também relata que Dom Eraldo procurou a professora posteriormente,
mas que ela se negou a conversar com ele.
Gislaine
Fernandes diz que alunos e professores se reuniram em uma sala para ouvir a
fala do bispo. "Ele falou sobre valores e respeito e depois apontou pra um
aluno e disse que a vestimenta do rapaz não estava de acordo. O menino usava
uma calça rasgada e um cabelo com luzes. O bispo falou que isso era um reflexo
da globalização", contou.
Logo
em seguida, ainda de acordo com a professora, Dom Eraldo perguntou se havia algum
professor na sala e os alunos apontaram para ela. "Ele se aproximou de
mim, fez a primeira crítica e disse: E esse arame na sua 'venta' [nariz]?
Depois fez comentários relacionando o piercing a tatuagens e marginais",
relatou.
A
educadora diz ainda que o bispo continuou contando que conheceu criminosos em
Patos que usavam tatuagens. Ela o questionou perguntando se ele podia julgar
pessoas por usarem piercings e tatuagens e o Bispo teria dito que sim. Foi a
partir disso que a professora revelou que tinha 15 tatuagens.
"Eu
contei que de todas as minhas tatuagens cinco eram de passagens bíblicas. Foi
aí que ele disse: 'Isso mostra que você é religiosa, mas que é um mau exemplo
para os estudantes'. Eu rebati e me retirei da sala. Ele voltou e tentou falar
comigo, mas eu neguei. Foi aí que ele disse que quem tivesse filhos na escola
que tirasse porque eu era um mau exemplo", relatou.
O
professor Enos Saraiva diz que testemunhou parte da fala do bispo aos alunos e
que ainda o ouviu fazer críticas a Gislaine Fernandes. "Enquanto
conversava com a diretora, ele disse: 'Aquela menina não tem estirpe pra ser
professora'", disse. A diretora da escola, Aparecida Basílio, limitou-se a
dizer que o bispo foi infeliz ao falar da professora.
G1
Já prestou atenção tem sempre alguém tentando sujar os nomes dos bispos na Paraíba ?
ResponderExcluirPreconceito covarde,aonde já se viu, jugar as pessoaas sem ao menos conhecelas, apenas por achar que tem tatuagem e bandido, fico triste em saber que ainda existe muita gente desse tipo.
ResponderExcluirPreconceito covarde,aonde já se viu, jugar as pessoaas sem ao menos conhecelas, apenas por achar que tem tatuagem e bandido, fico triste em saber que ainda existe muita gente desse tipo.
ResponderExcluirBispo tem que ser um pastor! Que pastor é esse? A nossa Igreja tem que ser libertadora e não excludente. Esse bispo precisa ler as Obras Completas de Dom Helder Camara, que defendia o modelo de uma Igreja libertadora! Um profeta que deixou uma bela lição de vida pastoral.
ResponderExcluirNossa! Ainda tem católicos aprovando a atitude desse bispo.
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