PF prende mãe do deputado Hugo Motta, ex-presidente da CPI da Petrobras.
A
Polícia Federal na Paraíba prendeu preventivamente nesta sexta-feira (9) a mãe
do deputado federal Hugo Motta (PMDB), Illana Motta (PMDB), e mandou afastar do
cargo de prefeita de Patos, no sertão do Estado, a avó do deputado, Francisca
Motta.
A
ação contra a família do ex-presidente da CPI da Petrobras e um dos principais
aliados de Eduardo Cunha (PMDB) é parte da Operação Veiculação. As fraudes
envolvem mais de R$ 11 milhões em recursos aplicados em ações dos Programas de
Transporte Escolar (PNATE), Fundeb, Pró-Jovem Trabalhador e Bloco de Média e
Alta Complexidade (Saúde).
Iniciada
pelo Ministério Público Federal, em 2015, a investigação que deu origem à
prisão da mãe do deputado apura irregularidades em licitações e contratos
públicos, em especial o direcionamento de procedimentos licitatórios e
superfaturamento de contratos de serviços de locação de veículos.
Illana
é chefe de gabinete da prefeita afastada. Os alvos da investigação são contratos
assinados pelas prefeituras municipais de Patos, Emas e São José de Espinharas,
todas no sertão da Paraíba.
Os
prefeitos dos três municípios foram afastados de forma cautelar dos cargos e
dois deles foram presos temporariamente. As câmaras municipais serão oficiadas
da decisão, para dar posse aos substitutos legais.
Ao
todo, a força-tarefa composta por MPF (Ministério Público Federal), Polícia
Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) está cumprindo 8 mandados de busca
e apreensão, cinco de prisão e afastamento de funções públicas de sete
envolvidos, sendo quatro secretários municipais, além dos três prefeitos. Todos
os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região
(TRF-5).
As
investigações da Operação Veiculação foram iniciadas pelo Ministério Público
Federal no ano de 2015, a partir de informações da CGU, que em 2012 realizou
fiscalizações, detectando contratação irregular de serviços de locação de
veículos no Município de Patos, sendo indicado pelo relatório da Controladoria
uma possível fraude licitatória e o não cumprimento do objeto pactuado, com
consequente desvio de verba pública.
A
reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de
Patos e o gabinete do deputado Hugo Motta, que ainda não se pronunciaram sobre
o assunto.
Uol
Nenhum comentário