Prefeito de Emas e outras 12 pessoas são denunciadas pelo MPF por fraude.
O
Ministério Público Federal (MPF) denunciou o prefeito do município de Emas,
Sertão da Paraíba, José William Segundo Madruga, por um suposto esquema de
fraudes para a construção da Escola Municipal Maria das Neves Parente Miranda.
De acordo com a investigação, o prefeito direcionou a licitação para uma
empresa de fachada pertencente a um amigo. A denúncia do MPF pede a condenação
de outras 12 pessoas envolvidas na fraude.
Segundo
Madruga havia sido preso pela Polícia Federal no dia 9 de setembro durante a
Operação "Veiculação", que apura irregularidades em licitações e
contratos públicos de locação de veículos, e foi liberado no dia 14 do mesmo
mês. O G1 tentou entrar em contato com a prefeitura, mas as ligações não foram
atendidas.
Segundo
o Ministério Público, por meio do processo licitatório o prefeito de Emas
desviou recursos para favorecimento próprio, de parentes, amigos, funcionários
da prefeitura e dos cúmplices do esquema, que forneceram as empresas fictícias
para o processo licitatório no intuito de ocultar a execução da obra por um
amigo do prefeito.
De
acordo com a denúncia, o prefeito Segundo Madruga teria apresentado a proposta
de construção da Escola Municipal Maria das Neves Parente Miranda, no município
de Emas, com o intuito de beneficiar o empresário denunciado.
A
esposa deste, envolvida na fraude, segundo o MPF, também cuidava do andamento
da obra, tendo elaborado o projeto arquitetônico da escola. A construção da
unidade de ensino foi orçada em cerca de R$ 1 milhão e contou com recursos
federais, com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O
Ministério Público explica que para concretizar o plano, foi utilizada a
empresa de fachada, que conseguiu vencer a licitação graças às supostas
articulações ilícitas do prefeito. Para a empresa ganhar o processo
licitatório, o MPF afirma que o prefeito teve a colaboração do presidente da
Comissão de Licitação à época, e outras três pessoas, para ajustar um acordo
com os administradores das demais empresas licitantes. Cada uma teria recebido
o pagamento de vantagens para se afastar da licitação, abrindo caminho para a
vitória da empresa favorecida.
O
desvio de recursos foi realizado com a utilização da conta da empresa de
fachada para recebimento dos valores. Para dissimular as movimentações
financeiras ilícitas, os acusados utilizaram várias manobras, segundo o MPF.
Logo após creditados na conta da empresa, os recursos eram sacados e entregues
aos reais beneficiários envolvidos no ato ilícito.
Na
denúncia, o MPF concluiu que o esquema de desvio de recursos públicos federais
e de lavagem de capitais foi executado em todas as sete parcelas pagas para a
construção da Escola Municipal Maria das Neves Parente Miranda.
Segundo
o Ministério Público Federal, o prefeito José William Segundo Madruga está
sendo denunciado por desvio de recursos públicos federais, lavagem e ocultação
de valores, fraude em licitação e associação criminosa.
G1
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