Sem acordo, greve de bancários continua nesta sexta-feira.
Sem
uma nova proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban), os bancários
decidiram continuar em greve nesta sexta-feira (16). Na oitava rodada de
negociação, feita nesta quinta-feira (15), os bancos mantiveram a mesma
proposta apresentada no dia 9: reajuste de 7% nos salários e benefícios e abono
de R$ 3,3 mil, a ser pago dez dias após a assinatura do acordo.
“A
nova proposta resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os
próximos 12 meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários”, disse a
Fenaban, em nota, no dia 9. Os bancários, no entanto, pedem reajuste de 14,78%
(5% de aumento real, mais a correção da inflação), 14º salário e participação
nos lucros e resultados de R$ 8.297,61, entre outras demandas.
“Os
banqueiros agem com total descaso ao tentar impor perdas de 2,39% aos
bancários, já que insistem em não repor a inflação, e ainda, desvalorizar os
funcionários, sem atender às demais reivindicações. Quem quer redução de
salário? É inadmissível que o setor que continua a lucrar tanto, mesmo em
tempos de crise, opte por um papel tão nefasto de falta de responsabilidade
social com seus funcionários e com a economia do país”, disse Roberto von der
Osten, um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.
A
greve dos bancários começou terça-feira passada (6). Nesta quinta-feira (15),
12.608 agências e 49 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas
em todo o Brasil, segundo o sindicato dos bancários. O número representa 54%
das agências no Brasil. A Fenaban não divulgou números.
Agência
Brasil
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