A PEC 241 representa uma sentença de morte, pois vai sucatear o SUS e comprometer o atendimento de 80% dos brasileiros
“Se,
irresponsavelmente, os nossos deputados federais e senadores aprovarem a PEC 241,
serão responsabilizados, junto com esse (des)governo Temer, pelo fechamento de
leitos hospitalares, pelo encerramento de serviços de saúde, pelas demissões de
profissionais da área, pela redução do acesso ao SUS, pelo aumento da demora no
atendimento, enfim, pelo desmantelamento de um sistema que atende, atualmente,
todos os brasileiros que não tem plano de saúde privado, nem empresarial, que
representam 80% da população deste país e que morrerão à míngua sem
atendimento. Se essa PEC for aprovada, ela significará a sentença de morte para
milhares de brasileiros que terão seu atendimento prejudicado, ainda mais, por
mais uma medida irresponsável desse governo golpista”, afirma o deputado
estadual Jeová Campos.
O
parlamentar lembra que enquanto as doenças infectocontagiosas estão perdendo
espaço, as doenças crônicas, que representam um custo mais alto, não apenas no
diagnóstico, mas em virtude do tratamento prolongado, que se estende por toda a
vida, aumentam cada vez mais e com o sucateamento gradativo do SUS, caso a PEC
241 passe no Congresso, essa situação virará um caos. “A PEC, que vigorará por
20 anos, levará a um profundo desfinanciamento da saúde, que a partir do
terceiro ou quarto ano terá uma perda real de recursos, enquanto a demanda só
aumentará. É um raciocínio simples. Se há mais demanda, deve haver mais
investimento e a PEC, na área de Saúde, propõe exatamente o contrário”, destaca
Jeová.
“Essa
PEC 241 é um crime contra a saúde pública e os deputados e senadores que estão
protegidos por seus planos e seguros-saúde, inclusive subsidiados pelos
contribuintes, precisam se lembrar que a imensa maioria dos brasileiros, ou
seja, 80% da população deste país, não tem condições de pagar um plano privado,
nem têm essa oportunidade via seus empregadores. Ai eu pergunto, o que farão
esses brasileiros que já sofrem para serem atendidos hoje, com todo o
investimento do governo no sistema público de Saúde, imagina quando esse
investimento for diminuindo e a demanda aumentando. Como ficará o SUS?”,
questiona Jeová. O deputado lembra ainda que a PEC 241 ameaça uma cláusula da
Constituição de 1988, que é o direito à saúde. “O que acontecer daqui em diante
será uma responsabilidade intransferível deste mau governo e dos congressistas
que aprovarem este absurdo”, finaliza Jeová.
Perdas
se a PEC for aprovada
O
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada fez uma projeção, antes dessa última
mexida no texto da PEC 241, que demonstra um impacto brutal, de centenas de
bilhões de reais (em um cenário de crescimento do PIB de 2% ao ano, a perda
acumulada em 20 anos seria de 654 bilhões de reais, segundo uma nota técnica
divulgada pelo IPEA no fim de setembro. De acordo com uma projeção feita por
uma Consultoria da Câmara, somente no ano de 2025, a perda seria de 63 bilhões
de reais – no acumulado de dez anos, chega a 331 bilhões).
Apenas
48% das despesas totais com saúde no Brasil são públicas, o restante, 52%, são
gastos privados, das famílias e das empresas. Os mais pobres também investem
recursos próprios, toda vez que precisam comprar um medicamento ou ter acesso a
algum serviço que não encontram na rede pública. No Brasil, o governo gasta
pouco e o ônus do financiamento recai sobre as famílias.
Fonte
Dados: Carta Capital
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