Alguém acredita que Ricardo não será candidato ao Senado em 2018? Nem ele.
Alguém
acredita, mesmo, que o governador Ricardo Coutinho (PSB) não será candidato ao
Senado em 2018? Nem ele acredita nisso. Mas precisa jogar com as palavras. Vira
manchete. Criar possibilidades, caso o cenário não seja favorável.
Não
existe essa história de desapego ao poder, como os seus aliados andam
propagando por aí. Conversa. RC prepara o terreno é para deixar o governo bem
avaliado, eleger-se, e tentar emplacar seu sucessor. Um roteiro diferente é só
um tropeço de um erro de planejamento.
Dizem
que ele tem receio de deixar a governo na mão de Lígia Feliciano, lê-se também
o marido, deputado federal Damião Feliciano, para concorrer a uma vaga no
Senado. Dizem. O medo seria dela gostar da caneta e lutar para concorrer a um
novo mandato, como queria saudoso Luciano Agra depois de voltar atrás da
desistência.
Não
é impossível, mas ele deve se afastar deixando a negociação fechada. Para não
correr esse risco, prepara o espírito e manda recados. (Vale lembrar que a
discussão sobre a unificação das eleições não acabou. Se isso acontecer, tudo
muda.)
Mas se nada mudar…
RC
tem muita probabilidade de se eleger senador. O mais votado. Por que abriria
mão disso? Por causa de oito meses como governador? Ele não vai deixar o cavalo
selado passar. É mandato. Sem hiato. Algo essencial para um político. Sem ele
fica tudo mais difícil. Quem passou por isso, pode confirmar.
E
mais: desta vez, pelo menos é o que parece, Ricardo não vai empurrar um nome
goela abaixo. Viu que a receita não funciona. Sua preferência não será
externada, agora, mas alguns movimentos nos levam a crer o óbvio: pode ser
Gervásio Maia, levado a tiracolo para eventos em todo Estado, ou a colega de
parlamento de Maia, Estela Bezerra.
A
deputada já avisou que nos próximos dois anos vai bater. Faz isso porque pode
ser “a escolhida” e também porque, no caso de ser preterida, alicerça sua
candidatura a deputada federal.
Essa
história só está no começo. Nesse circuito tem
ainda Raimundo Lira, Luciano Cartaxo, Cássio, Maranhão. Aos poucos eles
irão aparecendo por aqui.
Só
não dá para acreditar que Ricardo vai ficar de fora por “desapego”. Paciência.
Laerte
Cerqueira
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