Meninos também serão vacinados contra HPV a partir de 2017.
A
partir de janeiro de 2017, a rede pública de saúde vai passar a oferecer a
vacina contra o HPV para meninos de 12 a 13 anos como parte do Calendário
Nacional de Vacinação. A faixa etária, de acordo com o Ministério da Saúde,
será ampliada gradativamente até 2020, período em que serão incluídos meninos
de 9 a 13 anos.
A
expectativa da pasta é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de
99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/aids no Brasil.
Serão adquiriras, ao todo, 6 milhões de doses ao custo de R$ 288,4 milhões.
Segundo
o governo federal, o Brasil será o primeiro país da América Latina e o sétimo
no mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais
de imunização. Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá
já fazem a distribuição da dose para adolescentes do sexo masculino.
Duas
doses
O
esquema vacinal contra o HPV para meninos será de duas doses, com seis meses de
intervalo entre elas. Já para os que vivem com HIV, o esquema vacinal é de três
doses, com intervalo de dois e seis meses, respectivamente. Nesses casos, é
necessário apresentar prescrição médica.
Custos
O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou que, apesar das novas inclusões,
não haverá custo extra para o governo federal já que, neste ano, a pasta
anunciou a redução de três para duas doses no esquema vacinal contra o HPV para
meninas. O quantitativo previsto, segundo ele, foi mantido.
"É
mais um avanço que conseguimos fazer sem ampliar investimentos", disse
Barros. "É um conjunto de ações integradas que temos feito para produzir
mais e mais resultados com os recursos que temos", completou.
Meningite
A
pasta anunciou ainda a ampliação da vacinação contra a meningite C para
adolescentes de ambos os sexos. Foram adquiriras 15 milhões de doses, a um
custo de R$ 656,5 milhões. O objetivo do governo é reforçar a eficácia da dose,
já aplicada em crianças de 3, 5 e 12 meses mas que, com o passar dos anos, pode
perder parte de sua eficácia.
A
meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes.
Além de proporcionar proteção para essa faixa etária, a estratégia tem efeito
protetor de imunidade rebanho – quando acontece a proteção indireta de pessoas
não vacinadas em razão da diminuição da circulação do vírus.
Segundo
o ministério, a ampliação só foi possível graças a economia de R$ 1 bilhão por
meio da revisão de contratos e redução de valores de aluguéis e outros
serviços. Parte dos recursos está sendo investida na produção nacional da
vacina pela Fundação Ezequiel Dias.
Parceria
A
coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, destacou que
o ministério pretende investir em parcerias com escolas da rede pública e
particular para facilitar o acesso de meninos e meninas às doses contra o HPV e
contra a meningite.
"Vacinar
adolescentes não é como vacinar crianças, que os pais pegam na mão e levam ao
posto de saúde. É mais complicado", disse. "Com os adolescentes, não
conseguimos alcançar coberturas vacinais tão completas como entre as
crianças", completou.
Agência
Brasil
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