Jovem que espancou ex em bar se entrega na delegacia em Marília. VEJA A AGRESSÃO:
O
suspeito de agredir a ex-companheira violentamente com socos, chutes e
joelhadas em um bar de Álvaro de Carvalho (SP), se entregou na manhã desta
quarta-feira (2) na Central de Polícia Judiciária de Marília. Kelvin Luiz de
Assis Soares, de 24 anos, foi flagrado pela câmera do bar espancando Judy
Aparecida Brito de Souza, de 18 anos, com quem tem uma filha de 3 anos (veja
imagens acima).
Ele
estava foragido desde o fim da tarde de terça-feira (1º) quando a prisão
preventiva foi determinada pela Justiça. Kelvin seria preso no local onde
trabalhava como servente de pedreiro em uma obra do Centro de Detenção
Provisória de Álvaro de Carvalho, mas antes de chegar ao trabalho ele percebeu
a movimentação dos policiais e fugiu por uma mata que fica próxima à
penitenciária.
Kelvin
responde pelo crime de lesão corporal dolosa e injúria dentro da Lei Maria da
Penha. Ele prestou depoimento por 20 minutos durante a manhã e vai passar pelos
procedimentos legais para ser encaminhado para alguma cadeia da região.
Agressões
Judy
conta que estava no bar com uma amiga quando Kelvin chegou e começou a
agredi-la com socos, chutes e joelhadas. “Ele já chegou me agredindo, dando
soco na cara, porrada, chute. Aquela hora não lembrei mais de nada, comecei a
ficar zonza. Chegou lá fora ele me agrediu pior. Me deu vários chutes, chutava
minha barriga, pegava o joelho dele e dava na minha costela”, lembra.
Com
medo, Judy decidiu sair da cidade para evitar novas agressões. “Ele falou que
não está nem aí se for preso, falou que já que vai preso, então me mata antes.
E Justiça não tem, morro de medo dele.”
A
delegada responsável pelo caso, Darlene Costa, já ouviu a amiga de Judy que
estava com ela no bar, um cliente e o funcionário do estabelecimento
comercial e entrou com o pedido de
prisão de Kelvin na terça-feira. Antes disso, uma medida protetiva já havia
sido expedida e Kelvin estava proibido de se aproximar da vítima e não podia
ter nenhum tipo de contato com ela, nem por telefone.
O
pai de Kelvin também esteve na delegacia na terça-feira para explicar o que
aconteceu, antes do pedido de prisão dele ser expedido pela Justiça. Luiz
Geraldo Assis Soares, que é vereador da cidade pelo DEM, falou em entrevista à
TV TEM que as agressões teriam sido motivadas pelo suposto comportamento da
vítima. No entanto, ele afirmou que o que o filho fez não tem justificativa.
“Esse
caso eu não vou justificar, porque não tem justificativa. Mas tudo aconteceu
por causa dela. Ela fica até de madrugada bebendo, chega em casa bêbada, só dá
problema. Não estou justificando, mas começou por causa disso. Ela não tem
responsabilidade, fica com a criança na porta do bar. Ela não é mulher para ter
filho. O que aconteceu justificou por causa dela”, afirma Luiz.
O
Conselho Tutelar informou que não tem nenhuma denúncia de maus-tratos ou
negligência envolvendo a filha do casal.
"Nós
nunca tivemos nenhuma denúncia em relação a jovem, a criança frequenta uma creche
e também nunca fomos acionados por qualquer problema envolvendo a menina. Não
temos nada que a desabone como mãe. Nunca recebemos nenhuma denúncia contra
ela, aparentemente ela é uma boa mãe", ressaltou Tânia Lopes, conselheira
tutelar. Questionado sobre a violência com que a jovem foi agredida, o vereador
preferiu não comentar.
A
Presidente da Comissão da Mulher Advogada
da OAB de Garça Maria Claúdia Mendonça, responsável por Álvaro de
Carvalho, comentou o caso. "É lastimável. Apesar da lei Maria da Penha
ainda existe o machismo, é uma posse, que o homem se acha no direito de cometer
essas atrocidades, até matar. Mas nada justifica a conduta do agressor. Essa
conduta foi criminosa, não pode passar em branco."
G1
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