Ricardo diz achar que há “boa intenção” de Michel Temer. OUÇA:
O
governador Ricardo Coutinho (PSB) saiu da reunião com o presidente Michel Temer
(PMDB), nesta quarta-feira (16), dizendo achar que “há boa intenção do gestor”.
O encontro foi intermediado pelo senador Raimundo Lira (PMDB), que também
participou da audiência. Temas relacionados a investimentos nas áreas de
recursos hídricos, saúde e contábil foram o prato de entrada para o encontro,
que aconteceu 22 dias após o pedido de audiência, com direito a polêmicas sobre
uma suposta recusa do peemedebista de receber o gestor paraibano.
De
acordo com o senador Raimundo Lira, o presidente recebeu os pleitos da Paraíba
e prometeu encaminhar aos ministérios com a recomendação de que seja dada uma
resposta ao socialista. Durante a conversa, Coutinho tratou de lembrar ao
presidente que votou nele no segundo turno das eleições de 2014, contrariando a
orientação do seu partido. Na época, depois de Marina Silva, então no PSB, sair
da disputa, o governador, que concorria à reeleição, anunciou apoio à chapa
Dilma/Temer para a Presidência da República.
Entre
os temas abordados na conversa com o presidente, o governador colocou o pedido
de reavaliação do rebaixamento da nota do Tesouro Nacional, que trouxe
dificuldades para o Estado contrair empréstimos, pediu que o presidente
considere ampliar o repasse da cota apurada com a repatriação para os estados,
ressaltou a necessidade de aquisição de equipamentos para os hospitais de
Oncologia de Patos e Metropolitano, além do ramal no terceiro eixo da
Transposição e a adutora da Borborema.
Depois
do encontro, Ricardo Coutinho ressaltou que tem suas convicções políticas e que
elas não serão mudadas se não forem pelo convencimento. O comentário reflete
uma dificuldade o clima de animosidade que se criou após o impeachment de Dilma
Rousseff, com a oposição chegando ao poder. Desde então, como o governador se
posicionou contra o impedimento, ele foi alçado à condição de adversário. O
senador Raimundo Lira, apesar das evidências, diz que não há gelo a ser
quebrado, o que não parece uma premissa real.
Bem,
vamos esperar que o tom de agora por diante em relação às discussões
administrativas seja outro.
Por
Suetoni Souto Maior
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