Sem algemas em delegacia, policiais usam corda para amarrar suspeito.
Por
falta de algemas, policiais da delegacia de Campo Maior, a 78 km ao Norte de
Teresina, foram obrigados a usar uma corda para prender um suspeito. De acordo
com a Polícia Civil, o caso foi registrado nesse domingo (20) quando um homem
foi flagrado tentando entrar na delegacia com uma faca de serra.
Policiais
relataram que o suspeito chegou ao distrito policial e pediu para entregar
pipocas para um dos detentos, mas foi barrado. Inconformado com a negativa, o
homem voltou minutos depois e pediu para ser
preso. Desconfiados da situação, agentes o renderam após ele tenta pegar
a faca. Os policiais informaram ainda que o homem havia sido solto da própria delegacia
há apenas dois dias.
A
secretaria de segurança do Piauí afirmou, por meio de nota, que desconhece a
falta de algemas para a realização do trabalho policial e que está buscando
tomar as medidas cabíveis para melhor atender a população.
Ainda
segundo os policiais, como a única algema que existe no distrito estava sendo
usada em outro preso, os policiais tiveram que pedir uma corda a um comerciante
vizinho da delegacia e a marraram o suspeito.
Falta de estrutura e fugas
Em
fotos obtidas pelo G1 é possível observar que a delegacia passa por sérios
problemas na infraestrutura. São portas quebradas, paredes deterioradas e
cheias de mofos, o teto está com problemas.
Outro
problema são as constantes fugas. Somente em dois meses foram 10 fugas, sendo
que sete apenas nesse mês.
No
dia 11 desse mês, pelo menos quatro presos fugiram da delegacia de Campo Maior.
Segundo a Polícia Civil, os detentos escaparam na madrugada por um buraco que
ligava a cela da unidade a um imóvel desativado. Outros três presos que estavam
no local desistiram da fuga e permaneceram na cela.
Em
fevereiro, um preso serrou a grade da cela e fugiu do local. Em junho, quatro
detentos fugiram depois de cavarem um buraco na parede da cela conseguir ter
acesso a parte externa da delegacia. O G1 falou com a assessoria da Secretaria
de Segurança do Piauí, mas até a publicação da matéria não obteve resposta.
G1
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