SUS compra supercomputadores para unificar dados de prontuários eletrônicos.
O
Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (8) a compra de três
supercomputadores que vão ampliar em até dez vezes a capacidade de
armazenamento de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento da pasta
com os processadores foi de R$ 67 milhões. A expectativa é que a expansão
permita a unificação de todos os sistemas de informática da saúde,
possibilitando a integração do uso de recursos e do histórico de atendimento de
pacientes em todo o país.
O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, defende que os novos equipamentos
representam redução de gastos públicos por meio da manutenção dos sistemas e da
melhoria da gestão. A pasta também aposta que os supercomputadores devem
colaborar para um atendimento mais rápido do cidadão por meio do prontuário
eletrônico, do Cartão Nacional de Saúde e do Registro Eletrônico em Saúde,
entre outros serviços informatizados nacionalmente.
“Recebemos
agora os equipamentos, fruto de uma licitação que foi feita em janeiro. E
esperamos que, com a licitação do software, consigamos implantar todo o sistema
o mais breve possível”, afirmou. “Precisamos que eles [estados, municípios e
entidades filantrópicas] nos enviem corretamente as informações.”
O
ministério informou que, antes da compra dos supercomputadores, a capacidade de
uso de processamento dos servidores estava em torno de 92%. Com a aquisição das
máquinas, o número foi reduzido para uma média de 15% a 20% em horários de
pico, permitindo o aumento da velocidade no processamento das informações.
A
estimativa da pasta é que a implantação da nova plataforma gere uma economia de
10% a 20% dos gastos com atenção básica – algo em torno de R$ 7 bilhões a R$ 14
bilhões.
Prontuário eletrônico
Termina
no próximo sábado (10), o prazo dado pelo governo para a adoção do prontuário
eletrônico nas unidades básicas de saúde. Por meio da plataforma digital, a
previsão é que todos os serviços de saúde do município possam acompanhar
histórico, dados e resultados de exames dos pacientes, além de verificar em
tempo real a disponibilidade de medicamentos e registrar visitas de agentes de
saúde.
A
transmissão de dados da rede municipal para a base nacional permite ainda que o
ministério verifique online como estão sendo investidos os repasses feitos pela
pasta ao município.
“Recebendo
essa informação, saberemos quantos brasileiros já estarão integrados ao nosso
sistema nacional e saberemos o que cada município precisa de apoio, sejam
computadores, conectividade ou qualificação de profissional, para que eles
possam se integrar ao sistema nacional”, concluiu o ministro.
Agência
Brasil
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