ATENÇÃO: Presos de Alcaçuz entram em batalha campal; há feridos.
Presos da Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte, entraram em batalha
campal na manhã desta quinta-feira (19). Após subirem em telhados dos
pavilhões, membros de duas facções partiram para o confronto. Pedras, barras de
ferro e vigas de madeira são arremessadas de um lado a outro. Há informação de
feridos. A Polícia Militar está na área externa da unidade. Do alto das
guaritas, policiais fazem disparos na tentativa de conter a confusão.
O repórter Ítalo Di
Lucena, da Inter TV Cabugi, está na área externa de Alcaçuz. Ele informa que há
fumaça na parte interna, barulhos de tiros e de quebra-quebra no local. Por
volta das 11h30 (horário de Brasília) o helicóptero Potiguar I, da secretaria
de Segurança Pública do estado, chegou ao local para auxiliar na operação. É
possível ver detentos aparentemente feridos sendo transportados em carrinhos de
carga.
Na quarta-feira (18), 220
membros da facção criminosa Sindicato do RN foram retirados de Alcaçuz, para
evitar o confronto com presos do Primeiro Comando da Capital (PCC) que estão no
presídio. Ainda há, entretanto, membros do Sindicato no local, além de detentos
que não são ligados a nenhuma facção.
Confronto
Os integrantes do
Sindicato do RN, a mais numerosa organização criminosa do estado, estão em
confronto com o Primeiro Comando da Capital (PCC), que domina um dos cinco
pavilhões de Alcaçuz. Detentos das duas facções rivais estão soltos dentro da
penitenciária.
O Rio Grande do Norte foi
o terceiro estado a registrar matanças em presídios deste ano no país. Na
virada do ano, 56 presos morreram no Complexo Penitenciário Anísio Jobim
(Compaj), em Manaus. Outros oito detentos foram mortos nos dias seguintes no
Amazonas: 4 na Unidade Prisional Puraquequara (UPP) e 4 na Cadeia Pública
Desembargador Raimundo Vidal Pessoal. No dia 6, 33 foram mortos na
Penitenciária Agrícola Monte Cristo (Pamc), em Roraima.
O governador do Rio Grande
do Norte, Robinson Faria, classifica o massacre em Alcaçuz como
"retaliação" ao que ocorreu em Manaus, onde presos supostamente
filiados ao PCC foram mortos por integrantes de uma outra facção do Norte do
país.
G1
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