Forças Armadas começam a reforçar segurança em Natal RN.
Militares das Forças
Armadas começam hoje (20) a reforçar o policiamento na região metropolitana de
Natal, que vive um clima de insegurança por causa do confronto entre facções
criminosas que já dura uma semana na Penitenciária de Alcaçuz. Dos 1.846
militares enviados ao Rio Grande do Norte para o reforço, 650 já vão para as
ruas nesta sexta-feira e os demais começam a atuar até domingo (22).
De acordo com o ministro
da Defesa, Raul Jungmann, por enquanto, os militares não vão trabalhar na
segurança dos presídios, como ficou acertado entre governadores e o presidente
Michel Temer após a deflagração da crise prisional pelo país. Essa etapa só
será colocada em prática depois que o estado retomar o controle da
Penitenciária de Alcaçuz. “Os órgãos de inteligência precisam nos dar a
garantia que não existe risco de acirrar os ânimos e isso resultar em
confrontos. Reitero que as Forças Armadas não vão reprimir facções, remanejar
presos. Vão fazer a vistoria, a limpeza das unidades prisionais.”
A vigilância da região de
Alcaçuz será feita pela Polícia Militar, que, com a chegada das Forças Armadas,
poderá se concentrar na segurança e controle do sistema carcerário. Além disso,
segundo o ministro, o Rio Grande do Norte precisa se comprometer a impedir a
entrada de armas, celulares e drogas nos presídios.
Perguntado sobre o momento
da chegada do reforço no Rio Grande Norte, depois de uma semana de conflitos
sangrentos em Alcaçuz, Jungmann disse que o pedido de ajuda federal só foi
feito pelo governador Robinson Faria recentemente.
Ônibus
podem voltar a circular neste sábado
Os militares também irão
atuar na segurança dos ônibus em Natal. O serviço de transporte coletivo está
suspenso pelo segundo dia seguido por causa de ataques a veículos depois da
transferência de 220 presos da facção Sindicato do Crime do RN de Alcaçuz para
outra unidade prisional.
O governo estadual tentou
negociar com Sindicato das Empresas de Transporte Urbano o retorno do serviço
de ônibus ainda hoje, mas entidade decidiu que a retomada só será feita se
houver garantias mínimas de segurança, como escolta de veículos.
Agência Brasil
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