Identificados os quatro homens que morreram na limpeza de poço artesiano em Barra de São Miguel
Vítimas |
Corpo de Bombeiros
suspeita que as mortes ocorreram por falta de oxigênio dentro do poço.
Quatro homens morreram
nesta quinta-feira (12) e outros quatro foram socorridos se sentindo mal,
depois de entrarem em poços na zona rural de Barra de São Miguel, no Agreste da
Paraíba. São eles: os irmãos Lucas Rolim de Sousa e Rodrigo Rolim de Sousa e
Evandro Alves Truta e José Itamar.
O Corpo de Bombeiros
suspeita que as mortes ocorreram por falta de oxigênio dentro do poço.
Sobreviveram os irmãos Lucinaldo Nascimento Costa e Luciano Nascimento Costa e
José Maria de Sousa. O nome do quarto sobrevivente não foi publicado. Lúcia de
Fátima, enfermeira do posto de Saúde da zona rural, esteve no local e contou
como a tragédia ocorreu.
“Foi algo muito estranho.
Dois homens entraram no poço, reclamaram que estavam passando mal e, em
seguida, morreram. Depois, os outros dois entraram para tentar ajudar os que
estavam dentro do poço e também morreram. Já em outro poço, no mesmo sítio,
outros quatro homens foram fazer o mesmo serviço e saíram do poço se sentindo
mal. Esses poços foram soterrados por um rio, depois de algumas chuvas. Eles
iriam fazer a limpeza para reativá-los”, disse a enfermeira.
Os sobreviventes foram
encaminhados para o Hospital de Trauma de Campina Grande e devem receber alta
nesta sexta-feira (13).
Sem
oxigênio
Já o sargento Eugênio, do
Corpo de Bombeiros, que foi ao local acredita que não houve envenenamento. Ele
suspeita que as mortes ocorreram por falta de oxigênio dentro do poço.
“A informação que a gente
obteve é que eles desceram no poço e perderam a consciência por falta de ar.
Como no fundo do poço tem água, é possível que eles tenham sofrido afogamento.
Não constatamos nenhum indício de substância tóxica”, explicou o sargento.
Profundidade
Segundo as informações do
Corpo de Bombeiros de Campina Grande, os poços têm cerca de 10 metros de
profundidade. Das quatro pessoas retiradas, duas precisaram de atendimento e
foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“O poço tem
aproximadamente 10 metros e quando se está fazendo alguma atividade por longo
período é comum faltar oxigênio. E se a pessoa não sair em tempo hábil vai
perder a consciência”, disse o sargento Eugênio.
Jornal da Paraíba
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