Acusado de atirar em delegado na PB é condenado a 13 anos de prisão.
Acusado foi condenado |
O 2º Tribunal do Juri de
Campina Grande, no Agreste paraibano, condenou a 13 anos de prisão, Ivamar de
Paiva Barreto. Ele foi condenado por tentar matar o delegado da Polícia Civil,
Leonardo Machado, na cidade de Uiraúna, no Sertão paraibano. O crime ocorreu em
13 de junho de 2015 e, segundo a investigação policial, ocorreu depois que
acusado e vítima se esbarraram na fila de um estabelecimento comercial. A
sentença foi prolatada pelo juiz Horácio Ferreira de Melo, por volta das 19h10.
O G1 tentou entrar em contato
com o advogado Ozael Fernandes, que faz a defesa do réu, mas as ligações não
foram completadas. A decisão ainda cabe recurso da defesa. A votação do júri
foi encerrada por volta das 18h30, mas o resultado só foi divulgado pelo juiz
depois de um intervalo.
O julgamento começou por
volta das 9h. Ainda na parte da manhã, foram apresentadas versões de
testemunhas, sendo quatro de acusação e três de defesa, além de materiais
midiáticos, com a acusação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) feita pela
promotora de justiça Artemise Leal Silva. No início da tarde foi feito um
intervalo e no retorno o advogado Ozael Fernandes fez a defesa. Por volta das
16h30, foi iniciada a réplica da promotoria, seguida da tréplica da defesa.
A acusação do Ministério
Público foi feita pela promotora Artemise Leal. Ivamar foi acusado de homicídio
tentado duplamente qualificado, crime praticado por motivo fútil e porte ilegal
de arma. Antes do julgamento, Ivamar de Paiva Barreto já estava preso no
presídio PB1, em João Pessoa. Durante o julgamento, dezenas de delegados da
Polícia Civil usaram cartazes pedindo justiça pelo caso.
Relembre
o caso
Delegado Dr. Leonardo |
Segundo a promotora, o
crime ocorreu depois que o réu e a vítima se esbarraram em uma fila de um
estabelecimento, na cidade de Uiraúna. “No estabelecimento havia dois caixas. O
réu estava sendo atendido em um deles, quando o outro caixa ficou livre e
chegou a vez do delegado. No momento em que a vítima se aproximou eles acabaram
esbarrando um no ombro do outro.
Depois disso, o réu saiu e ficou esperando a
vítima sair. Quando o delegado estava se aproximando do carro dele, o réu o
chamou e atirou duas vezes. Um dos tiros atingiu a cabeça e o outro o tórax da
vítima”, disse a promotora.
Leonardo Machado estava
acompanhado da mãe e dos dois filhos, no momento do crime. De acordo
familiares, ele respira hoje com a ajuda de aparelhos e se alimenta por
gastrostomia. “Ele também tem ataques de epilepsia. Abre os olhos, mas a única
resposta dele são lágrimas”, conta a irmã do delegado, Candice Machado.
G1
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