Carnaval teve menos acidentes em rodovias federais, mas número de mortes subiu.
O feriado de carnaval teve
menos acidentes nas rodovias federais, mas o número de mortes aumentou, segundo
balanço divulgado hoje (2) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre 24 de
fevereiro e ontem (1º), período da Operação Carnaval, foram registrados 1.696
acidentes nas rodovias federais, número 5,3% menor que no ano passado. No
entanto, 140 pessoas morreram, 27 a mais que no carnaval de 2016.
Um fator que contribuiu
para esse resultado foi a ocorrência de acidentes com múltiplos óbitos. O
exemplo mais crítico foi em uma rodovia em Goiás, em que oito pessoas morreram
em um único acidente. Apenas 11 acidentes foram responsáveis por 44 mortes, uma
média de 4 mortes por ocorrência. Destes acidentes, 10 foram colisões frontais,
algo que, segundo a PRF, geralmente ocorre como resultado de ultrapassagens
indevidas e de excesso de velocidade.
“O aumento dos acidentes
com vítimas fatais certamente foi provocado pela imprudência dos motoristas,
que transitaram fazendo essa combinação letal de ultrapassagens irregulares com
velocidade incompatível”, disse o coordenador de Controle Operacional da PRF,
João Francisco Oliveira. “Por melhor que seja a fiscalização, as condições da
rodovia e as ações de qualquer órgão governamental, o comportamento dos
motoristas é o que faz o sucesso ou insucesso de qualquer operação nossa”,
completou.
Segundo Oliveira, no
entanto, a avaliação da PRF é que a Operação Carnaval foi positiva. Apesar do
aumento do número de mortes, houve redução no número de acidentes graves,
quando há feridos graves ou morte. Neste ano, foram registrados 323 acidentes
graves, 18,64% a menos que em 2016.
Multas
Além disso, foram emitidas
84,8 mil autuações, mais que o dobro do carnaval passado, quando foram feitas
41,5 mil. Das mais de 80 mil autuações nos seis dias da operação deste ano,
2.019 foram por consumo de álcool e 11,8 mil por ultrapassagens irregulares. O
aumento nos números se deve a um maior rigor na fiscalização e não
necessariamente à maior imprudência dos condutores, segundo a PRF.
“Posicionamos nossas
equipes nos locais mais críticos, de forma que ficássemos presentes e
disponíveis flagrando as condutas mais perigosas. Eu não tenho a sensação de
ter havido aumento no consumo de bebida. A gente intensificou o número de
testes com etilômetro, com objetivo de tirar de circulação os motoristas embriagados”,
disse Oliveira.
Para a Operação Carnaval
foram utilizadas 1,2 mil viaturas, 1,6 mil etilômetros e 200 radares portáteis.
Foram fiscalizadas 222.801 pessoas e 205.137 veículos. Os mais de 98 mil testes
de embriaguez com etilômetro resultaram em 214 prisões. Na área de combate ao
crime, foram presas 800 pessoas e apreendidas 1,5 tonelada de maconha e quase
500 quilos de cocaína.
Agência Brasil
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