Kassab diz que Correios precisam cortar gastos ou empresa será privatizada.
O ministro da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse hoje que a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) terá que fazer “cortes radicais” de
gastos para evitar a privatização. A estatal teve prejuízos de R$ 2,1 bilhões
em 2015 e R$ 2 bilhões no ano passado. O ministro disse ainda que o governo não
socorrerá a empresa financeiramente.
“O governo não tem
recursos. Não haverá injeção de recursos do governo nos Correios. Isso é uma
definição de governo, que conta com nosso apoio. Ou rapidamente os Correios
cortam gastos, além daqueles que foram feitos, devemos continuar cortando mais.
Não há saída, senão vamos rumar para a privatização”, disse Kassab, após
cerimônia de sanção da Lei de Revisão do
Marco Regulatório da Radiodifusão, no Palácio do Planalto.
Em dezembro do ano
passado, o presidente da estatal, Guilherme Campos, já havia anunciado um plano
de demissão voluntária para aliviar os cofres da empresa. Kassab disse que é
contra a privatização e que a empresa e ele próprio farão todo o esforço para
evitá-la. “Eu, pessoalmente, sou contra a privatização e trabalho como ministro
para que não aconteça. Mas não há caminho. Ou cortamos o gasto e conseguimos
mais receitas com serviços adicionais, ou vamos caminhar para a privatização,
no todo ou em parte dos Correios”.
Para o ministro, os
Correios sofreram com má gestão e corrupção – em referência ao esquema do
Mensalão, que envolveu dirigentes da empresa indicados pelo PTB – em anos
anteriores, mas elogiou o trabalho do atual presidente, a quem chamou de
“figura inatacável”. “Concordo que houve má gestão. Má gestão é corrupção, é
loteamento, é não ter capacidade de encontrar receitas adicionais e não fazer
os cortes se não encontra mais receita. A empresa está correndo contra o
relógio”.
Agência Brasil
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