Sintep ‘intima’ bancada paraibana e promete retaliar parlamentares favoráveis a reforma da previdência.
As
declarações foram prestadas pelo sindicalista Antônio Arruda
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O Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB) vai cobrar um
posicionamento dos representantes da Paraíba no Congresso Nacional sobre a reforma da Previdência. De acordo com o
sindicalista Antônio Arruda, foi elaborado um questionário que será entregue,
em mãos, por meio de ofício, aos 12 deputados e aos três senadores paraibanos
para saber como eles vão se posicionar na votação da PEC 287/16. Quem se omitir
será enquadrado como favorável à reforma.
De acordo com Antônio
Arruda, o Sintep deseja que os parlamentares se manifestem antes da proposta
ser levada a plenário para votação, se são contra ou a favor da reforma da
previdência. “Os que não responderem o ofício do sindicato serão considerados
omissos e a favor da PEC, cuja proposta cria novas regras de idade e de tempo
de contribuição”.
Antônio Arruda considera a
PEC 287 um “exterminador de aposentadoria” e que penaliza, sobremaneira, o
magistério. “A proposta prevê que a categoria estará sujeita às regras gerais,
com idade mínima de 65 anos, mas uma professora de primeira fase, para receber
salário integral, deve trabalhar até os 70 anos de idade”, calcula Arruda,
considerando que para ter 49 anos de contribuição, o professor ou professora
terão que começar a trabalhar no magistério aos 16 anos, o que não é
possível.
Ele lembra que as
professoras serão as mais prejudicadas, já que, enquanto mulheres, atualmente
têm uma redução de cinco anos no tempo de contribuição em relação aos homens, e
como professoras, têm direito a redução de outros cinco anos, perfazendo dez.
O sindicalista avisou
ainda que o posicionamento de cada representante paraibano no Congresso pode
ter reflexos nas eleições do ano que vem. “Vamos dizer ao professor, ao
trabalhador e à sociedade que esse ou aquele deputado votou a favor da reforma
da previdência e que não merece seu voto”.
ClickPB
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