Cibecrime da "baleia azul”: o perigo para os nossos adolescentes. *Por Daniel Macedo.
JOGO DA BALEIA AZUL: Atenção
pais e educadores. Isso é muito sério. Muitos dos nossos adolescentes já estão
sendo vítimas desse jogo, porém sofrem no silêncio!
Há quem diga que o
comportamento dos adolescentes do nosso tempo passa por profundas
transformações. De fato, essa é uma realidade evidente e, diante disso,
percebemos que tais mudanças têm produzido novas patologias psíquicas na vida
desse público cujas repercussões são capazes de gerar graves adoecimentos e
distúrbios mentais nunca vistos antes. Assusta-nos diariamente o advento de
notícias na mídia em geral que mostram inúmeras matérias de casos envolvendo
adolescentes que se automutilam, deixando-se facilmente levar por impulsos e
manias virtuais capazes de os induzir a práticas de jogos perigosos e
"perversos", como a exemplo do jogo da "Baleia azul", o
qual tem trazido consequências irreparáveis e nocivas à vida desses jovens.
A saber, iniciado na Rússia
entre 2015 e 2016, o "jogo da Baleia Azul" está supostamente ligado a
uma série de mortes por suicídios em todo o mundo. Isso porque esse tipo de
jogo busca causar progressivamente danos emocionais aos participantes. No caso,
as vítimas são induzidas e coagidas a seguir instruções feitas por um
"curador" (como é chamado o criminoso que entrega os desafios). De
acordo com o que é revelado, esse criminoso jogo segue um processo que tem
duração de cerca de 50 dias com desafios que vão desde "assistir a filmes
de terror durante madrugada", "rasgar a própria a pele com a faca até
X hora do dia", até o desafio final, que seria o suicídio.
Normalmente, os alvos dos
criminosos (e aqui se pode intitulá-los de "cibercriminosos") são
pessoas jovens, em especiais crianças e adolescentes, já que são facilmente
convencidos e impressionáveis. Assim, qualquer jovem que esteja fragilizado ou
passando por um momento de conflitos pessoais, instabilidade nas relações
interpessoais, apresentando sentimentos ou pensamentos negativos, isolamento
social, depressão, angústia, tensão, raiva e mesmo vivenciando eventos
traumáticos em sua vida, podem ser "presas fáceis" desse tipo de
jogo. Além disso, filhos que possuem dificuldades em lidar com o sofrimento ou
que se sentem cobrados ou negligenciados pelos pais e, até mesmo, exigidos em
demasia, certamente, estão mais vulneráveis a desenvolver quadros depressivos
que os tornam alvo fácil para essa tal manipulação. Assim, quanto maior a
fragilidade sofrida pelo indivíduo, maior também é a probabilidade de sofrer os
impactos psíquicos desse jogo, bem como ser induzido às práticas de
automutilação.
Portanto, o "Jogo da
Baleia Azul" é um dispositivo criminoso e produz transtornos clinicamente
evidente no comportamento humano, tornando-se uma via patológica que aniquila a
vida de quem o pratica.
Todavia, os casos já
revelados de adolescentes se cortarem até o extremo é um são assustadores e,
por isso, torna-se um fato comovente que, urgentemente, convida todos nós, pais
e educadores, para o compromisso de cuidarmos e educarmos melhor os nossos
jovens, os quais, em muitas situações, são carentes por atitudes fraternas e
familiares.
O assunto, portanto, é
extenso, mas vale aqui o destaque para esse alerta. Vamos juntos nos mobilizar,
senão haveremos de testemunhar uma nova geração, que ao invés de aprender bons
costumes e levar uma vida muito mais saudável do que a nossa, sucumbirá
rapidamente como "presa fácil" para tantos vícios e modismos mortais
deste novo tempo.
*Daniel Macedo é natural da
cidade de Picuí-PB. É Psicoterapeuta e Psicólogo Clínico (CRP13/7358). Mestre
em Psicanálise aplicada à Educação e à Saúde. Especialista em
Neuropsicopedagogia; Saúde Mental; Terapia Cognitivo-Comportamental e
Psicanálise Clínica. Atualmente, exerce suas funções ocupacionais nos campos da
Saúde e Educação.
Nenhum comentário