Greve geral termina com confrontos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A sexta-feira (28) no país
foi marcada pela greve geral de categorias profissionais. Em diversas cidades,
na maioria capitais, rodoviários, metroviários, professores e trabalhadores do
comércio aderiram à paralisação, convocada pelas centrais sindicais em protesto
contra as reformas trabalhista e da Previdência. Na maioria dessas cidades, os
serviços de transporte coletivo foram interrompidos parcialmente ou totalmente
durante o dia. Agências bancárias, escolas e lojas ficaram fechadas.
As centrais criticam
pontos das reformas, como a idade mínima para a aposentadoria e o fim da
obrigatoriedade da contribuição sindical. O governo argumenta que as mudanças
são necessárias para o pagamento dos benefícios previdenciários às gerações
futuras e a criação de empregos.
Os manifestantes
realizaram atos e passeatas. Houve também bloqueio de vias e rodovias. Empresas
e governos recorreram à Justiça para que parte dos funcionários trabalhassem
neste dia.
As duas maiores centrais
sindicais do país -Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical -
consideraram exitosa a greve e mostra que existem propostas para a retomada do
crescimento do país sem "a perda de direitos trabalhistas, previdenciários
e sociais" . O governo federal avaliou que os atos foram restritos aos
grandes centros e que houve baixa adesão, o que significa que a maior parte da
população apoia as reformas propostas pelo Executivo e em tramitação no
Congresso Nacional.
A paralisação nacional
terminou com confrontos entre grupos de manifestantes e policiais no Rio de
Janeiro e em São Paulo.
Na capital paulista, a
confusão ocorreu na região onde fica a casa do presidente Michel Temer, que
passou o dia em Brasília. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de
pimenta para dispersar os manifestantes. O grupo, alguns com o rosto coberto,
reagiram com paus e pedras contra o policiais.
No Rio de Janeiro, houve
confronto entre alguns manifestantes a polícia na Cinelândia, onde estava
previsto o ato de encerramento da greve geral. Os agentes usaram bombas de
efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersão e causou um corre-corre. Sindicalistas, lideranças sociais e a Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) acusam a Polícia Militar de ter inviabilizado o
comício por causa da ação adotada e provocado o esvaziamento do local. Em nota, a PM diz que agiu para combater a
ação de vândalos.
Antes, alguns
manifestantes e policiais se enfrentaram em frente à Assembleia Legislativa do
Rio de Janeiro. A confusão começou depois de um homem, usando uma máscara, ter
atirado um coquete molotov nos policiais que faziam a segurança do prédio da
Alerj.
Pelo menos nove ônibus
foram incendiados no centro do Rio de Janeiro durante as manifestações.
Agência Brasil
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