MPPB alerta para jogos e seriados que induzem jovens a suicídio e automutilação.
O Centro de Apoio
Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente e
da Educação (Caop-CAE), do Ministério Público da Paraíba, emitiu no último dia
21 de abril, uma nota técnica direcionada à Secretaria da Educação do Estado
com esclarecimentos para as escolas sobre o jogo ‘Baleia Azul’ e sobre a série
televisiva ’13 Reasons Why’, ambos considerados fortes indutores para que
jovens vulneráveis passem a realizar tarefas e desafios que vão de
automutilação ao suicídio.
No alerta do MPPB, o
Caop-CAE recomenda que a Secretaria da Educação estadual repasse para as
Secretarias Municipais da Educação de toda a Paraíba a necessidade de se
divulgar que os casos suspeitos sejam denunciados à polícia, instância adequada
para investigar e apurar os fatos.
“Os pais de crianças e
adolescentes de todo o estado também precisam ser alertados”, destaca a
promotora de Justiça Soraya Soares da Nóbrega Escorel, coordenadora do
Caop-CAE.
De acordo com ela, os pais
têm que acompanhar e monitorar as redes sociais dos filhos para saber o que
eles fazem na tela do celular, do tablete, do computador ou dos jogos
eletrônicos.
“Tudo isso como forma de
prevenção aos perigos decorrentes do jogo da ‘Baleia Azul’ e da série ‘13
Reasins Why’. Todo cuidado é pouco”. E a promotora completa: “O ato de
incentivar e instigar uma pessoa ao suicídio é crime, previsto no Código Penal,
passível de pena de dois a seis anos de prisão”.
O jogo ‘Baleia Azul’ (Blue
Whale) consiste em um jogo clandestino perigoso no qual são dadas tarefas e
instruções (num total de 50 desafios), geralmente de madrugada, submetendo os
“jogadores” a uma forte pressão psicológica.
As crianças e adolescentes
são coagidos a cometer atos de automutilação, suicídio e outros desafios
perigosos. Os desafios do jogo devem ser gravados e enviados aos membros do
grupo criminoso.
A série ‘13 Reasons Why’
traz vários alertas a respeito de diferentes temas delicados na sociedade, mas
ainda banalizados e tratados com preconceitos e tabus.
Aborda situações de
bullying, estupro, depressão, suicídio e falta de acesso a cuidados adequados
em saúde mental.
“Crianças e adolescentes não
deveriam assistir à série, por conter cenas muito impactantes”, recomenda a
promotora Soraya Escorel.
MPPB
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